Tem-se discutido muito os problemas de Basto, principalmente o desemprego, que levam a que haja autenticas e estranhas romagens de domingo á noite, com destino a muitos lados bem para fora das Terras de Basto e até de Portugal. “isto por aqui está mau”.
Daqui advêm problemas sociológicos gravíssimos, famílias com pai e mãe, e que se tornam monoparentais durante a semana, com “filhos” dos educadores ou professores, deixando os afectos para os pais que simplesmente deveriam mostrar um acompanhamento próximo das crianças e não podem.
“isto por aqui está mau”.
Há hipótese de fixar esta gente na sua terra Natal? Da para acabar com a desertificação humana? Dar, dá! Mas falta trabalho.
Sim realmente é o que falta, mas muito sinceramente acho que a autarquia não é a única responsável a autarquia não tem que construir, empregar e trabalhar ao mesmo tempo.. As autarquias devem antes desenvolver planos para o aparecimento sustentável do trabalho.
E como o trabalho tem que surgir aliado a uma base sólida de desenvolvimento. É preciso criar uma estratégia e saber que vector que orienta a estratégia para Basto, ou seja, saber o queremos ser como Povo e como Região neste país, na constelação europeia e global de países, pois estamos em plena globalização. Por isso temos que perceber qual a situação que ocupamos no mundo, saber em que ramos somos únicos, e em quais podemos e temos que investir.
Há falta de iniciativa das nossas gentes na criação de postos de trabalho. A autarquia deve apenas activar planos de apoios ás empresas, o Basto Investe é como já referi uma grande ajuda, mas falta algo…há dinheiro mas não há um apoio á incubação da empresa.
Há dinheiro mas não há formação qualificada, não há investigação, nem inovação que deve estar inerente as novas empresas, para que o sucesso das empresas seja garantido.
“Isto por aqui está mau”
A desertificação humana realmente, preocupa-me bastante, acho que é um problema grave e que se resolve a médio longo prazo, a não ser que se incuta uma autentica terapia de choque na atracção de pessoas com capacidade de investir e de criar emprego para as Terras de Basto.
Como?
Questão como o marketing urbano, publicitar as características únicas da terra e mostrar-se ao mundo como um exemplo. Passar a imagem de que somos o local perfeito para a fixação de qualquer empresa. Fazer um Planeamento Estratégico em que se faz a aposta numa serie de equipamentos capazes de fazerem evoluir a região, eu aponto ainda mais uma vez para a questão da formação, que me parece essencial e fulcral, mas boa formação, dinamizem as escolas, elevem os centros de formação a centros tecnológicos sérios, apostem em centros de I&D(inovação e desenvolvimento), iria dar frutos, bons frutos no prazo de 5 anos , todas elas parecem-me ser algumas das soluções mais acertadas.
Há fundos europeus destinados principalmente para inovações a nível da formação: living Labs,(laboratórios vivos) innovation hubs,(concentrador de inovação ) incubadoras de empresas etc...
Apliquem, "e isto vai ficar melhor".
Se não houver inovação, apoios á criação de empresas, não vamos conseguir fazer jus a programas de apoio á criação de empresas como Basto Investe.
Os hotéis, são precisos, os equipamentos culturais etc...também, mas parece-me que por si sós não resolvem o problema , “a doença é demasiado grave para se resolver com chás”. É preciso uma série de intervenções cirúrgicas para salvar este corpo, o coração já mal bate, os pulmões vão respirando sadios com este verde das nossas terras, mas o cérebro teima em não trabalhar por pensar que o problema está nas V(e)ias.
Bem hajam! E um bom dia.
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