Terras de Basto, terras dos Verdes, queixam-se de nem ser interior nem litoral, queixam-se das faltas de verbas vindas do poder central, queixam-se, e fazem as pessoas queixarem-se daquilo que não aparece, daquilo para o qual não há vontade política para aparecer.
Os políticos vivem numa caça ao voto desaforada, não governam para o futuro mas sim para o presente (presente que cai na Urna de voto), dando às pessoas aquilo que as pessoas pensam que querem, fazendo-se neste (des)governo o favor de dar ás pessoas, o mesmo favor que fazemos ao dar pão a um diabético, só porque ele pediu…
Gosto das pessoas da minha terra, gosto dos idosos que me fazem perder em histórias fascinantes, é daquelas coisas que gosto de gostar, porque quando falo de memórias,vejo que as mesmas são necessárias para construir também a minha identidade.
E ao falar com eles do que é preciso para a região, eles limitam-se a repetir aquilo que se vem fazendo, obras de betão e asfalto mas, ao desenvolver a conversa percebo que só pedem aquilo que julgam estar ao alcance da política, pois é a mentalidade que lhes é incutida por estas bandas. Mas, muito mais que isto, dizem que querem ter os filhos a trabalhar na terra deles , pois custa-lhe verem que estes são pais ausentes, que se perdem em correrias para fora da terra porque cá, dizem, não haver nada…
Basto actualmente é uma região intermitente para a qual, parece não haver vontade e sapiência política para inverter a tendência, sei que as autarquias não tem que fazer tudo, mas parece-me que devem dar o exemplo, de como bem desenvolver, e de como possibilitar esse desenvolvimento.
Pela boca morre o peixe
Há 7 anos
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