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Os PDM estabelecem um modelo de estrutura espacial do território. Ao basearem-se num esquema territorial essencialmente físico e desenhado estão, por um lado, a tentar prever e controlar o futuro de um determinado território e, por outro, a geri-lo numa perspectiva sectorial, apresentando uma abordagem pouco estratégica e prospectiva. Aqui não cabe a integração de investimentos chave – estruturantes e mobilizadores, que surjam posteriormente à aprovação do plano e que de alguma forma colidam com o modelo territorial preconizado. Além do mais, estes planos assentam numa lógica de zonamento funcional dos territórios. Definem e distribuem espacialmente usos e funções, ou seja, catalogam e rotulam os solos, na medida em que impõem limites artificiais, definem perímetros e promovem a monofuncionalidade (áreas essencialmente vocacionadas para um tipo de função territorial – áreas residências, áreas industriais, etc.), sujeitando os territórios a desequilíbrios e desenvolvimentos descontinuados. Esta situação colide com a lógica de funcionamento da sociedade de hoje, onde as funções se misturam e as barreiras se esbatem: habitação, trabalho, lazer, aprendizagem, comércio, etc. convivem no espaço e no tempo numa perspectiva “mixed-use”.
Os planos têm que se adaptar ao tempo e às vivencias das pessoas sob pena de, em vez de as facilitarem, tornarem-se em simples barreiras às mesmas. Os exemplos de mau ordenamento imperam por toda a nossa região , provando essa ineficácia.
O futuro começa hoje…
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Pela boca morre o peixe
Há 7 anos
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