Os esplêndidos solares do Minho são aproveitados como cenários para Javier Diaz fotografar mulheres anónimas num projecto que chama "a distância do sentir".
"Estas situações fotográficas construídas iniciam-se em diversos ambientes onde se opera uma transformação, onde se toca o realismo subterrâneo dos sonhos das pulsões, dos pesadelos e dos desejos, numa hipnotizante suspensão no espaço e no tempo, espelhos do sentir.
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Se nesta frase do artista, visse trocado as 4 primeiras palavras por “o estado de conservação dos solares de Basto” passava a espelhar o que sinto e penso acerca dos Solares da nossa terra. O estado de degradação em que a maioria dos solares se encontram, ameaçam a sua beleza e obrigam-me a exulta-la como efémera.
Diz Francisco Calheiros responsável pela Turihab que, “A tradição só é bem entendida quando representa mudança e abertura”.
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Terão os nossos solares de Basto condições para atribuir mudança e abertura à nossa terra de Basto?
O estado de degradação alerta para a cegueira das nossas gentes, e pela incapacidade de tirar destas pérolas algum partido. Por falar em partido, haverá alguma estratégia para estes solares no meio de tanta promessa eleitoral?
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Sinto os Banstenses tão distantes de sentir o que os afunda.
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