terça-feira, 28 de outubro de 2008

Ainda sobre a Escola Superior de Basto

Se a região de Basto não tem a proximidade de uma grande cidade, para a servir como meio de interacção ou produzir para a mesma, se não está próxima do litoral para apostar no turismo balnear e no mar, acho que se deve voltar ,de uma vez por todas para o desenvolvimento das suas especificidade, a apostar na construção de um futuro a longo prazo, em que devemos repensar as politicas em que se tem apostado que não a tem desenvolvido da melhor forma. O futuro passa mesmo pelo conhecimento e enquanto este não for a APOSTA CENTRAL das autarquias, não deveremos colher os frutos desejados, sobretudo na fixação e atracção de empresas. Sei que há esboços por parte das autarquias e ligações a unidades de investigação que estão fixadas fora da nossa região, por isso neste capitulo e em mais um esforço para concertar Basto poderiam tentar atrair esses pólos para a região e ao mesmo tempo atrair também donos do conhecimento e criar condições para estes se fixarem por cá, pois estes regra geral têm uma capacidade dinamizadora que falta á nossa terra. Ainda no capitulo da Escola superior de Basto, penso que este processo se poderia iniciar com a atracção de um bom pólo de investigação que apoie e desenvolva a economia local. Assim teríamos uma espécie de semente lançada á terra para crescer e fortalecer o espírito de aposta na investigação para apoiar posteriormente a elevação a escola Superior, por exemplo da Escola Profissional de Fermil que me parece estar a perder espaço na rede de ensino da região com a “fuga” de alunos ou formandos para os Centros de Formação e Centros de Novas Oportunidades que estão a emergir por toda a região. Se criarmos uma rede de cooperação entre estas partes podemos ter dentro de poucos anos bons profissionais a ocupar cargos com algum relevo nas empresas da Bio-energia , Turismo, Agricultura, Floresta etc. que se estão a fixar de forma relevante na nossa região. É preciso que a escola assuma um papel de farol e torre de vigia ao mesmo tempo, e pelo andamento das coisas parece-me que daqui a alguns anos vamos ter uma percentagem bastante elevada de pessoas com o 12 ano. É preciso pensar no futuro desta gente e criar condições para que seja promissor, e possivelmente conjuga-lo e envolve-lo com o da nossa terra, para que esta seja também uma terra de futuro. Mas da mesma forma que é preciso concertar Basto, e criar condições para que este projecto seja viável, como atrair pólos do conhecimento, é preciso também construir uma ligação sólida entre empresas e rede de ensinos, que possam alargar os seus laços ao tempo pós estágio, é preciso formar bem para que as empresas se venham a fixar cá com a razão de que é cá que está a matéria prima das sua produções e é também por cá que são formados os melhores recursos humanos nessas áreas. Devíamos apostar no conhecimento, na formação de pessoas antes de criarmos os grandes pólos industriais, estamos a por “o carro á frente dos Bois”, pois sabemos que a nossa região perde para outras no capitulo da localização, temos por isso que evidenciar esta aposta nas especificidades locais, que estão aqui instaladas à séculos, por isso temos neste capitulo apenas de fortalecer ou revitalizar ou fazer upgrades ao conhecimento empírico já adquirido por experiencia das nossas gentes, e criar nichos para atrair para a região, através da sugerida Escola Superior por exemplo, de pessoas com conhecimento ou predisposição para aprender, que gostam destas áreas, formando-os e dando formação para apoiar os já residentes, que sinceramente me parecem ainda muito desamparados e desapoiados no desenvolvimento dos seus negócios ou produções. Não basta dar incentivos e estímulos monetários, é preciso ensinar a que as próprias empresas sejam capazes de os conseguir sozinhas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Apelo à criação de uma Escola Superior de Basto

Um pouco por todas as Terras de Basto, está implementada uma rede de ensino algo consolidada até ao ensino secundário havendo uma boa aposta na variante profissional que tem apostado e persistindo nas áreas que eventualmente dinamizem a produção e especificidades da região, e ainda uma grande aposta nas “novas oportunidades”. De certo modo a União Europeia tem-nos passado a mensagem que a aposta no conhecimento é o futuro, financiando a quase 100% pólos tecnológicos e centros de investigação. Os laboratórios vivos , ou Living Labs, são um dos exemplos que muitas terras tem adoptado como ferramenta de dinamização ou reabilitação dos territórios com as características que temos nas nossas terras. Ver exemplos por exemplo o eco living lab na chamusca. Em que apostam no desenvolvimento da vertente ecológica aplicada á industria , uma especificidade das sua terras, e uma aposta visionária. Uma vez que se estão a conceder estímulos neste sentido não será boa ideia aproveitar, para se desenvolver a vertente de investigação na nossa região? E mais, parece-me que temos possibilidade para começar-mos a pensar de forma séria numa instituição de Ensino Superior para as Terras de Basto, para desenvolver uma maior dinâmica na nossa terra e começar a formar gente na nossa terra. Se reparar-mos nos exemplos de Macedo de Cavaleiros, Ponte de Lima, Vila nova de Cerveira entre outros, percebemos facilmente que nem só os grandes centros têm capacidade para albergar uma Escola Superior ou um Politécnico, haja é apostas certas e criar oportunidades para que as mesmas aconteçam. O futuro passa pelo conhecimento.

domingo, 19 de outubro de 2008

algo está MUITO MAL na nossa terra

As noticias falam das nossas terras por diversas razões, mas também as referem assim: -Região do Vale do Tâmega a região mais pobre da Europa -Em 2005, Celorico de Basto o concelho mais pobre do país. E se apreciarmos o discurso de qualquer politico da nossa região pensaremos o contrário, que talvez estejamos no topo da Europa, na senda do progresso. Há razões fortes para este subdesenvolvimento nas nossas terras, em que se teima em desenvolver uma politica de ocasião , sem rumo definido.
mais uma vez "Quando se navega sem destino nenhum vento é favorável."
seneca
A política de Basto está-se a traçar a curto prazo, de quatro em quatro anos, não se conseguindo retirar da mesma um rumo firme e sério, de desenvolvimento sustentado que seja capaz de fundamentar um futuro promissor para a nossa região. Podendo isto levar a que Um dia não iremos ter orgulho nenhum nas heranças que nos estão a ser deixadas, e não percebo como os políticos não reparam em tal, não percebo como alguns políticos firmes de um desenvolvimento para o futuro recorram aos mais idosos, e porventura aos menos informados e que são alvo das suas campanhas enganosas , para poderem determinar o rumo que só eles sabem que é bom, e ao mesmo tempo tentam calar as vozes discordantes, em vez de as tentarem compreender, será que quem critica são todos assim tão maus e cheios de má fé, que não será possível mostrar-lhes que o rumo apontado para o futuro é promissor , será que a irreverência se paga com ameaças ? (viva a democracia, viva Abril, viva a liberdade de expressão)E já se interrogaram, se estes poderão ter razão nos seus fundamentos. Gostava de ver uma região decidida em desenvolver as suas especificidades e os seus valores traçando-se um objectivo a longo prazo, que seja determinado por todos os actores da região para que mesmo que as autarquias mudem de cor esse rumo não seja posto em causa, uma vez que foi determinado de forma séria por todos eles. Deste modo as medidas deixavam de ser tão eleitoralistas e passariam por propostas sobre qual seria o melhor caminho para se atingir objectivo previamente delineado. Desespera-me ver que Celorico é considerado um dos concelhos mais pobre do país e que a região do Tâmega é a mais pobre da Europa, algo está mal na nossa terra…

blog Celorico de Basto, afinal está vivo...

O blogue onde até a um ano atrás se travaram grandes debates, sobretudo sobre as capacidades de liderança e competência de muita "boa gente" de Celorico de Basto, voltou nos últimos dias a publicar um post. Espero que voltem a sério de forma a aumentar o espaço de debate em Celorico, que me parece ser escasso mas, faço um apelo: optem por uma via mais construtiva nas criticas, para que o debate se torne sério, e esteja despido de interesses politico/partidários, pois Celorico não se resume á Câmara Municipal e aos seus opositores. Sejam vocês também actores dinamizadores desta região. ..bem hajam

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PIDDAC, mais uma prova de que REGIONALIZAR É URGENTE

Mais um orçamento de estado e mais uma vez o Norte a comer as migalhas que os que estão de barriga cheia, prescindem. Um abuso uma injustiça, e muitas outras coisas negativas para as nossa região. O PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) deixou o Minho a penar. Não consigo esconder o desagrado, e tenho agora certezas, que quem isto nos faz pouco quer saber de nós, fazendo-me apelar a todos os afectados por este centralismo bacoco, a que lhe retribuamos na mesma moeda nas próximas eleições, e pensem nisto como muitos outras coisas na altura de serem chamados a pronunciar sobre uma eventual regionalização. Nas terras de Basto, mais do mesmo, Cabeceiras de Basto consegue encaixar 785 986 € , 84% dos 931 773€ atribuídos às Terras de Basto, ficando por isso Celorico, Ribeira de Pena e Mondim obrigados a repartir entre eles os restantes 145 787€. De lembrar que estatisticamente Celorico vem sendo cotado como o concelho mais pobre do país. Sei que a “fatia” auferida por Cabeceiras tem a ver com alguns investimentos para servir as Terras de Basto, como o centro de emprego, mas a verdade é que foram todos concentrados em Cabeceiras. Quererá com isto o governo Central passar a mensagem que o futuro das Terras de Basto passa por Cabeceiras como farol dos seus destinos? Se sim, com que argumento? De facto Cabeceiras tem-se desenvolvidouma maior dinamica nos últimos anos, mas será que será com o intuito de alcançar o estatuto de farol das Terras de Basto, ou será só por ego próprio? Se não for por ego proprio, parece-me crucial dedicar mais tempo à causa “Basto”, fazendo compreender os seus objectivos aos seus vizinhos, para que todos trabalhassem para a mesma causa. Pois se assim fosse actualmente ninguém ficaria a pensar que um concelho estaria a ser beneficiado em detrimento dos outros, mas que a verba atribuída seria mais para Basto que propriamente para Cabeceiras, e assim seria compreensível algumas discrepâncias reveladas pelo Poder Central.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"Senhora da Graça" o Monte de Farinha

foto de Jose Prata dos Reis ; recomendada por Vitor Pimenta
“Senhora da Graça”, o símbolo máximo da identidade natural das Terras de Basto, compõe toda a nossa imagética e de modo algum nos podemos dissociar da particularidade da morfologia do monte, que parece mesmo um monte de farinha pintado de verde. Aparece de forma exuberante e dominadora sobre todo o território envolvente, rematando de forma graciosa uma cordilheira que parece existir com o sentido de a anunciar e amparar. Um marco para situar quem se perde em passeios nas estradas sinuosas que ligam as nossas terras. Uns Alpes á escala de Basto. Cresci a apreciar a especificidade do monte e ainda hoje não consigo deixar de o fazer, observando o monte consegue-se descobrir sempre algo diferente, desde as sombras que lhe parecem, ao passar dos dias e das horas, atribuir formas diferentes realçando a sua tridimensionalidade e os sulcos que a marcam, às das nuvens que pontualmente a carimbam. O cenário de fundo de toda a nossa história, e mesmo ferida pelas atrocidades das pedreiras, continua a ser o deleite dos olhos de quem a observa, e para quem a vence o lugar de excelência para a descompressão do olhar.`
Um tesouro natural, uma esmeralda oferecida pela mãe natureza às terras de Basto, que teima em mostra-la mas que não a mima.
Estará a ser explorado todo o potencial turístico da “Senhora da Graça”?
As explorações de granito tem sido a única fonte de rendimento que se tem tirado directamente do monte, os parques de merendas no sopé e a ermida no cume parece-me pouco, poderíamos tirar um enorme partido dos eventos pontuais que bem a promovem e aproveitar de forma mais acentuada a especificidade do monte. Porque não apostar no natural, realçando em vez do asfalto ,os trilhos pedestres utilizados pelas peregrinações estendendo-os a mais lugares do monte, e se achar-mos que era pouco a beleza e a natureza do monte para atrair a ele visitantes, podia-mos pontuar o percurso com acontecimentos excepcionais, pequenos ou grandes pontos de interesse.E porque não, impor limites à mancha aberta pelas pedreiras e à medida que estas fossem avançado seriam obrigadas a reflorestar o que fica em aberto, utilizando neste processo arvores já com algum tamanho para devolver o verde ao monte. Parece-me urgente medidas para impedir os tristes incêndios que em ciclos muito curtos tem devastado o monte, mostrando o desrespeito e o desleixo ao qual o mesmo está entregue. Temos que pensar o bom que temos e encontrar forma de o potenciar ainda mais para que se tornem verdadeiras âncoras na atracção de investimento para a nossa região.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Celoricenses, esses futuros homens do apito

foto de O Publico
No dia 23 do passado mês de Setembro , a câmara de Celorico anunciou que pretende criar uma Academia de Arbitragem Desportiva, um projecto inovador no capitulo da arbitragem, e investigação para ajudar a vencer á má imagem que se tem acerca dos árbitros em Portugal. À partida, e com todo o ênfase que se deu á noticia por parte da imprensa nacional e local, a ideia parece bem concebida, passando uma imagem de inovação na arbitragem e preocupação dos males e imagem negativa que passa destes homens dos campos de futebol, e noutros espaços desportivos. No entanto, e pensando bem, parece que esta aposta estratégica por parte da autarquia celoricense não tem nada a ver com Celorico.
Tenho vindo a defender neste blogue que para um desenvolvimento sólido de uma região, são precisas estratégias sobretudo para o desenvolvimento de eventuais especificidades e qualidades que a região já tenha. Vinhos verdes, turismo rural, agricultura, floresta, construção entre muitos ; agora arbitragem.?? Vamos investir e apostar num projecto de raiz onde vamos ter de mobilizar toda uma serie de recursos para a nossa terra, o QREN subsidia 70% a autarquia 30%, mas há uma série de outros gastos de futura manutenção que terão de ser suportados, e por quem? em que contribui esta infraestrutura para o desenvolviemnto da região? A academia de arbitragem parece-me algo despropositada considerando as muitas necessidades da região, pode haver uma visão para o futuro que não foi passada, mas parecia-me mais oportuno desenvolver áreas que por natureza própria se fixaram na nossa região e precisam de ajuda para se afirmar nas terras de basto como no exterior. O que se pretende com a academia? “Quando se navega sem destino nenhum vento é favorável” Lucius Annaeus Seneca

domingo, 12 de outubro de 2008

pequenas grandes diferenças...

Mirandela e arredores promovem assim a especificidade das suas terras: ...com design ,inovação e muito bom gosto.
(fotos tiradas do mesa da ciência)
Pelas Terras de Basto as nossas especificidades são cantadas assim...
...sem design sem inovação e como de mais uma tabuleta se tratasse... ...poderiamos cantar a nossa terra como a terra "dos Verdes", vinhos, vales e montes entre muitos outros... mas não por ligações ao partido politico .

PDM para o futuro

A actual geração de revisão dos PDM em Portugal deveria ser repensada, de forma a estar articulada com as transformações em curso na sociedade e com as perspectivas de atracção de investimentos estratégicos. Para que os PDM não sejam sujeitos a processos de actualização de políticas desactualizadas. De facto, não é possível percepcionar as oportunidades que irão surgir num determinado território a priori, nem é suposto que tal aconteça: é este o desafio. Flexibilizar os planos para que estes não excluam projectos e iniciativas inovadoras que poderão ser chave para a sustentabilidade, coesão e competitividade dos territórios. Nesta linha, é necessário que se faça a transição de um modelo tradicional de ordenamento do território, de carácter sectorial, para um modelo mais integrado e flexível, numa base holística. Tornando o planeamento menos rígido e mais aberto, menos desenhado e mais estratégico, capaz de responder às novas oportunidades que não são previsíveis no momento de concepção dos planos. Assim, o planeamento deverá ser pensado não a 2D, como até aqui, atribuindo determinados usos a determinadas áreas, nem a 3D, considerando diferentes usos para diferentes andares de um edifício. Mas antes a 4D, ou seja, integrando a dimensão temporal nos PDM, através da consideração das diferentes horas do dia ou épocas do ano. Nesta nova filosofia de planeamento deverão também ser articuladas uma multiplicidade de dimensões que vão além da mera dimensão física ou tangível do território: cultura e criatividade, clusters e empreendedorismo, talentos e factores sociais, ambiente e paisagismo, governação territorial, conectividade e mobilidade. Um instrumento de ordenamento do território de âmbito municipal poderia, desta forma, assentar numa lógica de “laboratório”. Num primeiro nível, trata-se de definir uma estratégia local, numa perspectiva de futuro e em coerência com os planos de âmbito regional e nacional. Num segundo plano, de fixar objectivamente as componentes inflexíveis do espaço correspondentes à “coluna vertebral do território”, ao que é estruturante, como rios, corredores verdes, sistema viário, malha urbana, espaços públicos fundamentais. Por fim, tudo o “resto” estaria “em aberto”, ou seja, funcionando como um laboratório experimental de novas ideias e conceitos de planeamento e utilização do espaço. O “planear” baseado no desenho daria lugar ao “planear em aberto”, testando e experimentando. Praticando um zonamento flexível por oposição ao zonamento monofuncional. A lógica de “laboratório” assentaria no desenvolvimento dos territórios com base no teste e na experimentação, em função de projectos coerentes com a estratégia municipal e com os elementos estruturantes do espaço, permitindo a entrada de novas propostas de investimentos exteriores e imprevisíveis na altura. Porque será que não nos conseguimos libertar de determinados condicionamentos dos planos? Com a supressão de muitas das licenças que agora ficam a cargo da competência dos arquitectos, os gabinetes de urbanismo das câmaras poderiam, dedicar-se a esta inovação nos planos, porque até agora o ordenamento do território tem sido um tanto quanto caótico. Vamos inovar e tentar melhorar este capítulo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O porque da inadaptação dos PDM´s

. Os PDM estabelecem um modelo de estrutura espacial do território. Ao basearem-se num esquema territorial essencialmente físico e desenhado estão, por um lado, a tentar prever e controlar o futuro de um determinado território e, por outro, a geri-lo numa perspectiva sectorial, apresentando uma abordagem pouco estratégica e prospectiva. Aqui não cabe a integração de investimentos chave – estruturantes e mobilizadores, que surjam posteriormente à aprovação do plano e que de alguma forma colidam com o modelo territorial preconizado. Além do mais, estes planos assentam numa lógica de zonamento funcional dos territórios. Definem e distribuem espacialmente usos e funções, ou seja, catalogam e rotulam os solos, na medida em que impõem limites artificiais, definem perímetros e promovem a monofuncionalidade (áreas essencialmente vocacionadas para um tipo de função territorial – áreas residências, áreas industriais, etc.), sujeitando os territórios a desequilíbrios e desenvolvimentos descontinuados. Esta situação colide com a lógica de funcionamento da sociedade de hoje, onde as funções se misturam e as barreiras se esbatem: habitação, trabalho, lazer, aprendizagem, comércio, etc. convivem no espaço e no tempo numa perspectiva “mixed-use”. Os planos têm que se adaptar ao tempo e às vivencias das pessoas sob pena de, em vez de as facilitarem, tornarem-se em simples barreiras às mesmas. Os exemplos de mau ordenamento imperam por toda a nossa região , provando essa ineficácia. O futuro começa hoje… .

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Urge repensar os PDM´s

A competitividade dos territórios, neste mundo globalizado, depende da capacidade de atracçãoe fixação de actividades e talentos com forte intensidade de conhecimento e criatividade. Muitos destes projectos inovadores materializam-se em investimentos âncora e estruturantes para o desenvolvimento das cidades e regiões. Esta realidade tem consequências visíveis no ordenamento dos territórios, actualmente geridos por políticas e instrumentos restritivos e sectoriais, como os P.D.M.´s onde não cabem estas novas dinâmicas. Tornar estes instrumentos de ordenamento territorial flexíveis e integrados que se adaptem à constante incerteza, às rápidas transformações e às novas oportunidades e investimentos, torna-se uma prioridade. Assim, cria-se a necessidade de um novo modelo de ordenamento do território – um “planeamento global” aberto ao mundo globalizado e à mudança contínua, que potencie a captação de novos investimentos e projectos para Portugal com vista a aumentar a competitividadedos territórios. Para tal, urge repensar os instrumentosnde desenvolvimento e gestão territorial, nomeadamente os de cariz municipal – os Planos Directores Municipais (PDM).

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Construir o Bom da barragem

Para se poder tirar o máximo partido do lago formado pela barragem de Fridão, é urgente começarmos a determinar uma estratégia para a região tendo em conta mais esta polaridade. Com um bom diagnostico e determinando as REAIS ameaças, com inteligência podem-se transformar em oportunidades. A barragem de Fridão – Codessoso vai encher e as cotas de exploração já estão determinadas, 160m, em principio é um facto sobre o qual podemos trabalhar. No entanto e como já referi num post anterior, noto que não se tem feito muito por parte das autarquias de Basto além do SIM ás mesmas. É uma oportunidade turística, e de promoção e desenvolvimento local, mas é por enquanto apenas uma oportunidade que é preciso agarrar e fazer vingar num todo, porque com todas as barragens que se vão fazer no Tâmega, não estaremos sozinhos na atracção de investimento turístico, pois as regiões do Alto Tâmega também irão apostar neste prisma, havendo muitas outras regiões por todo país que já possuem lagos , artificiais ou não, que há muito tempo estão a trabalhar neste sentido. Por isso nós nas Terras de Basto temos que ter astúcia para promover as nossas potencialidades, e conseguir fazer a diferença para atrair investimento para a nossa região, porque como não é um factor exclusivo da nossa região, a barragem sozinha não o consegue atrair, a conjugação da montanha com a água o Gerês já tem e explora com grande excelência, o que leva a que nós só por este capitulo não conseguiremos fazer a diferença, mas se associar-mos á montanha e agua, todo o património arquitectónico dos solares e mais algumas características únicas que temos, poderemos ter mais hipóteses de êxito. Mas não podemos esperar facilidades… vivemos em tempos de competição entre regiões na atracção de investimento. Um dos grandes factores que pode marcar a diferença, é o do tempo, por isso acho que se deve pensar , planear e agir antes mesmo do aparecimento físico das barragens, para que quando elas se concretizarem e as comportas se fecharem, podermos começar a ultimar as obras já previstas e termos muitas delas já acabadas e com o seu funcionamento a 100% de forma a garantirem um enorme sucesso depois de terem a água associada aos seus empreendimentos. O exemplo do Água Hotels Mondim é um daqueles que se deve reter neste domínio, pois é uma obra que pode parecer algo descabida por agora, mas que trabalha de forma a preparar um enorme sucesso no futuro.
O dinamismo das nossas gentes, e não só das partes públicas, é muito importante para fazer a diferença, bem como a continuidade do espírito hospitaleiro. Cabe também às autarquias mostrar exemplo deste tipo de atitude aos habitantes e investidores das suas regiões.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Basto em guerra

A ligação entre politica e quarto poder desagrada-me, e é corrente na nossa região, o descaramento com que a politica e os jornais da região se ligam de forma incondicional. Não existe nenhum jornal que se possa ler as notícias das Terras de Basto sem se notar um teor político por detrás de todas as afirmações. As pessoas já os catalogaram como o jornais do regime e do contra regime. E ao fim de qualquer leitura não se consegue absorver mais nada que não seja a crítica ou apologia de um mandato político, porque todo as crónicas e conteúdo para além disto, parecem aparecer como meio de tentar disfarçar ou maquilhar o que é evidente, o que é uma pena. Poderia deixar isto passar com indiferença, mas penso que se estão a perder energias nesta guerra, que poderiam ser utilizadas como meio de desenvolvimento, não haverá um cantinho nas páginas dos jornais onde possa caber questões dignas de reflexão para o desenvolvimento e enriquecimento da opinião das pessoas, ou será que não interessa muito. Apliquem a sabedoria que possuem para tentar dinamizar a opinião pública, em prol do desenvolvimento da terra. Nos mandatos de um ou outro presidente das nossas terras nem tudo são rosas, e nem tudo são espinhos para só se ter os prós e os contras. As pessoas já nem confiam na veracidade das noticias e questionam-se porque sabem haver um teor politico por detrás das mesmas. Guerras políticas, não as comprem nem as vendam, e em vez de uma política do "bota abaixo" por parte do "Basto" e dos seus "Ecos" e mesmo das suas “Noticias” , que em nada incentiva uma atitude dinâmica dos seus povos e apenas promove a propaganda ou crítica. Deixem esse papel para as revistas cor-de-rosa e para os programas de entretenimento e apresentem soluções para debate e reflexão das pessoas, utilizem estes veículos para mostrar às pessoas o rumo determinado para a região para que elas o percebam e cooperem para o seu alcance. Sejam vocês também um motor promotor das nossas terras e seu desenvolvimento. As politicas e as oposições fazem-se com estratégias e as capacidades de as conceber, e se discordam com que os nossos políticos fazem tratem de mostrar um rumo certo e conciso que sirva de opção ao que está a ser tomado. E aos jornais que estão a favor, para mostrar que pensam por cabeça própria , podem questionar certas opções, que servirão para enriquecer as decisões. Meus caros nada é inquestionável. As pessoas de fora olham para este cenário pensando no ridículo de tudo isto, retendo apenas o pandemónio por elas criadas. Se o verdadeiro Basto se apercebesse desta guerra, encarnava o seu espírito num alquimista de forma a tornar a sua figura de pedra em carne e osso, e soltaria as suas perninhas para se por andar para bem longe das terras a que concedeu o nome, e que os jornais lhe retiraram.