quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vergonha Social...

"Morte de idoso em condições de miséria gera contestação pública, em Mondim" ( In mondim online)
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. É um caso esporádico? Vai-se agir mais uma vez á posteriori …ou nem se vai agir!!! Para mim é alarmante que só se pense nestas pessoas quando é para lhe dar o pão para a boca e não para os fazerem sentir bem. Sinto-me num país onde as classes mais fragilizadas são esquecidas, numa terra que só se lembra dos mais idosos para fazerem um passeio anual e para pouco mais. Os lares, conforme estão a ser pensados, não funcionam…Dão aos seus utentes uma perspectiva de hospital, onde se junta uma classe mais frágil e logo mais incomoda a uma sociedade do capitalismo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Arq. Nuno Portas em Cabeceiras

No âmbito do Ciclo de Conferência Políticas de Futuro, o Arquitecto Nuno Portas, desloca-se a Cabeceiras de Basto para falar sobre «O Desenvolvimento nos Meios Rurais/Urbanos». Trata-se de uma iniciativa que está agendada para o próximo dia 23 de Janeiro, no Auditório Municipal Ilídio dos Santos, a partir das 21h30m. Um olhar deste prestigiado arquitecto português, que se desloca a Cabeceiras de Basto para partilhar conhecimentos e reflectir políticas de desenvolvimento nos meios rurais e urbanos. In “Ecos de Basto”.
Tem sido excelente o ciclo de conferências “políticas de futuro” e os nomes dos oradores que lhe estão associados, prova disso é a vinda desta vez do pai do urbanismo em Portugal, às Terras de Basto. Pelo que tenho ouvido da boca deste homem nas muitas conferências que já assisti recomendo veemente a presença nesta conferencia, para que me façam companhia.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O fundo para as nossas "PAISAGENS MILENARES"

Região mais deprimida de Portugal ( e da Europa) em termos sociais e económicos, Baixo Tâmega apresenta candidatura com investimento de mais de 135 milhões de euros. (Publico)
In" expresso"
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É uma boa iniciativa, que no meu entender só peca por tardia, melhorar as coisas com base nos recursos endógenos é solução num mundo globalizado, mas é preciso inovar e apostar seriamente na forma como o temos de fazer.
Porque não apostar na produção de conhecimento próprio e pensar em aplicar uns destes milhões em pólos de ensino superior?
- não deixa de ser curioso que não existe nenhuma escola superior nesta mancha deprimida que agora parece querer inverter a situação, será que o problema não reside aí? Assim,conseguíamos fazer notar que a nossa região é apostada em conhecimento, produz conhecimento e investiga formas de apregoar as nossas valências ao mundo. Temos que encurtar e aproximar as cadeias de produção, pois os acontecimentos e a mudança dos factos acontece hoje a uma velocidade vertiginosa… para isso os pensadores, e donos do conhecimento têm que estar mergulhados e envolvidos pelas especificidades e necessidades vigentes no terreno.
Acho tambem importante que deixemos de atribuir estes fundos de forma primária a privados, sem que estes apostem e entrem numa estratégia global,se assim não for estaremos a cometer o mesmo erro do passado. Acho que está na hora de fazer investimentos em incubadoras de empresas, centros tecnológicos, centros de investigação, e instituições de ensino superior. Vamos deixar de dar o peixe para começar a ensinar a pescar.
É importante neste capítulo das paisagens milenares, começar a tratar de forma decente a nossa paisagem e ambiente, deixando-me cada vez mais relutante, agora, à questão das barragens( aprovada sem debate pela maioria destas entidades) que me parecem ir contra a estratégia agora apresentada, ou pelo menos pode afectar de forma gravosa a maioria das paisagens milenares, fazendo-me perguntar que rumo e estratégia temos, quando um dia navegamos num sentido, e no outro no sentido completamente inverso.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cabeceiras amanha...cidade em 2020

O segundo painel foi composto por gente mais jovem, da qual se espera que contribuam decididamente para o futuro de Cabeceiras.
O rumo traçado para cabeceiras é o seu crescimento a nível da escala urbana, tentando-se alcançar o estatuto de cidade em 2020, e para isso pretende-se consolidar e dinamizar todo o núcleo urbano, contando a actual Vila com o contributo da actual Urbanização da Quinta do Mosteiro, para atrair para ela os cerca de 3000 habitantes para que consigam a escala de Cidade, apostando também no desenho do espaço publico para conseguir um lugar digno de uma boa cidade. Foi ambicionado para o futuro de Cabeceiras ainda uma maior participação dos cidadãos nesta causa que agora apresentam, e que eu acho ser determinante envolver todos os actores dinamizadores e produtores nesta causa para o sucesso da mesma.
Acho louvável aparecer na nossa região a apresentação de um plano a médio prazo mas, ao mesmo tempo lanço uma questão para reflexão de todos os leitores, será que é preciso anunciar o estatuto de cidade para conseguirmos o crescimento sustentado de Cabeceiras de Basto?
Hoje já não se constroem cidades mas sim o melhor das cidades, o mesmo é aplicado às vilas. Acho muito razoável, o facto de se ter fixado um rumo, pois quando se navega sem destino nenhum vento é favorável, mas não seria mais certo determinar um estatuto para cabeceiras, uma marca, como vila ou mesmo cidade do conhecimento, que me parece ser uma aposta cada vez mais de futuro, que propriamente só cidade, porque cidade por cidade não se conseguirá, era mais objectivo enumerar um nome ou a especificidade que pretendem para a cidade, ouviu-se por parte do presidente da câmara uma vontade em não perder o estatuto rural de Cabeceiras, criando-se então uma “rurbanidade”,um hibrido que pode levar á confusão das ambições que se pretendem. Cidade rural é diferente de cidade com tradição , e acho que é esta tradição que se pretende para defesa de toda a identidade e cultura desta vila, não temos que consagrar o rural, pois este aspecto seria lançado e sempre presente na periferia. Esta questão de cabeceiras “cidade em 2020” é uma questão á qual dedicarei mais tarde noutros posts.
Outras das apostas, apresentadas para o futuro de cabeceiras, é a valorização dos recursos endógenos, um crescimento apartir de dentro, vendendo ao exterior o que melhor se tem e produz nesta terra. Tendo-se feito referencias à bio-energia e ao aproveitamento da floresta como um recurso com grande potencial a explorar, e depois de ser questionado todo o painel sobre a não referencia á barragem como elemento presente para a estratégia do concelho, foi apontada como uma mais valia, pelo elemento água, ficando prometido também um debate sobre a questão da barragem para o próximo mês.
É importante, estas apostas supra citadas, apostar mais no sector criativo, criar equipamentos como incubadoras de empresas e centros tecnológicos que dinamizem estes recursos que cada vez se encontram menos valorizados e dinâmicos nas nossas terras, que é preciso revitalizar para ganhar competitividade num mundo global. De ver também um post anterior.
A referencia á população sénior foi muito apontada, pelo destaque em numero que a mesma tem vindo a ganhar, referindo-se que se deve apostar cada vez mais na parte do apoio a este faixa etária social.
Nesta parte eu remeto por inteiro a um post anteriormente publicado que vai de encontro a este tema.
O debate de ontem foi bastante rico em termo de apostas, sendo pena a enorme consonância de ideias apresentada, e um papel impróprio que os comentadores acabaram por ter, pois pareciam mais oradores e não comentadores daquilo que foi apontado pelos oradores. Espero mais iniciativas desta índole.

Cabeceiras ontem...

Ontem realizou-se em Cabeceiras uma conferencia debate, em que se fez o rescaldo de 15 anos de mandato do agora presidente Eng. Joaquim Barreto. Cabeceiras de Basto, ontem, hoje e amanha! Na primeira parte do debate explanou-se muito sobre o que mudou em cabeceiras com a tomada de posse em 1993 do actual presidente, concluindo-se que a democracia melhorou muito em Cabeceiras, ganhando a Câmara com organismo Publico maior rigor e credibilidade por parte de todos. Comemorações como o 25 de Abril, segundo o painel de oradores eram até então quase que proibidas.
Outras das questões que todos mostraram como factor de mudança foi a troca do saibro pelo asfalto, dando melhor acessibilidades às muitas aldeias e freguesias dispersas por todo o concelho, marcando-se também o bom relacionamento com as juntas de freguesia como razão para o sucesso de toda a obra feita em cabeceiras. Desde estradas passando pelos equipamentos e acção social. Cabeceiras de facto foi ganhando nas terras de Basto maior notoriedade que os seus concelhos vizinhos, e se por um lado tem tido maior crescimento em termos de escala urbana, não se tem conseguido desenvencilhar de muitos outros problemas que afectam e afectaram as Terras de Basto como a fuga de muitos filhos da terra, e de muito desemprego e a inoperância de uma parcela medonha da população activa. Os autarcas reclamam hoje que com a mudança de 93 a câmara tornou-se do povo e não apenas de algumas elites e caciques, aceitando hoje ideias vindas de fora, reclamando o estatuto de bons ouvintes. Com as bases e todo o trabalho lançado nos últimos 15 anos os edis reclamam um estatuto de boa mudança e que Cabeceiras deixou de ser uma terra desconhecida para passar a uma terra com projecção no exterior e em que dá gosto viver.
Terá Cabeceiras construído a base sólida que possibilite a ambição de um futuro auspicioso?