O segundo painel foi composto por gente mais jovem, da qual se espera que contribuam decididamente para o futuro de Cabeceiras.
O rumo traçado para cabeceiras é o seu crescimento a nível da escala urbana, tentando-se alcançar o estatuto de cidade em 2020, e para isso pretende-se consolidar e dinamizar todo o núcleo urbano, contando a actual Vila com o contributo da actual Urbanização da Quinta do Mosteiro, para atrair para ela os cerca de 3000 habitantes para que consigam a escala de Cidade, apostando também no desenho do espaço publico para conseguir um lugar digno de uma boa cidade.
Foi ambicionado para o futuro de Cabeceiras ainda uma maior participação dos cidadãos nesta causa que agora apresentam, e que eu acho ser determinante envolver todos os actores dinamizadores e produtores nesta causa para o sucesso da mesma.
Acho louvável aparecer na nossa região a apresentação de um plano a médio prazo mas, ao mesmo tempo lanço uma questão para reflexão de todos os leitores, será que é preciso anunciar o estatuto de cidade para conseguirmos o crescimento sustentado de Cabeceiras de Basto?
Hoje já não se constroem cidades mas sim o melhor das cidades, o mesmo é aplicado às vilas. Acho muito razoável, o facto de se ter fixado um rumo, pois quando se navega sem destino nenhum vento é favorável, mas não seria mais certo determinar um estatuto para cabeceiras, uma marca, como vila ou mesmo cidade do conhecimento, que me parece ser uma aposta cada vez mais de futuro, que propriamente só cidade, porque cidade por cidade não se conseguirá, era mais objectivo enumerar um nome ou a especificidade que pretendem para a cidade, ouviu-se por parte do presidente da câmara uma vontade em não perder o estatuto rural de Cabeceiras, criando-se então uma “rurbanidade”,um hibrido que pode levar á confusão das ambições que se pretendem. Cidade rural é diferente de cidade com tradição , e acho que é esta tradição que se pretende para defesa de toda a identidade e cultura desta vila, não temos que consagrar o rural, pois este aspecto seria lançado e sempre presente na periferia.
Esta questão de cabeceiras “cidade em 2020” é uma questão á qual dedicarei mais tarde noutros posts.
Outras das apostas, apresentadas para o futuro de cabeceiras, é a valorização dos recursos endógenos, um crescimento apartir de dentro, vendendo ao exterior o que melhor se tem e produz nesta terra.
Tendo-se feito referencias à bio-energia e ao aproveitamento da floresta como um recurso com grande potencial a explorar, e depois de ser questionado todo o painel sobre a não referencia á barragem como elemento presente para a estratégia do concelho, foi apontada como uma mais valia, pelo elemento água, ficando prometido também um debate sobre a questão da barragem para o próximo mês.
É importante, estas apostas supra citadas, apostar mais no sector criativo, criar equipamentos como incubadoras de empresas e centros tecnológicos que dinamizem estes recursos que cada vez se encontram menos valorizados e dinâmicos nas nossas terras, que é preciso revitalizar para ganhar competitividade num mundo global.
De ver também um post anterior.
A referencia á população sénior foi muito apontada, pelo destaque em numero que a mesma tem vindo a ganhar, referindo-se que se deve apostar cada vez mais na parte do apoio a este faixa etária social.
O debate de ontem foi bastante rico em termo de apostas, sendo pena a enorme consonância de ideias apresentada, e um papel impróprio que os comentadores acabaram por ter, pois pareciam mais oradores e não comentadores daquilo que foi apontado pelos oradores.
Espero mais iniciativas desta índole.