segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mudar de Vida

«Este mundo da vinha e do vinho está a fascinar-me e é a ele que me vou dedicar. Tenho, naturalmente, algumas saudades do ensino e admito voltar, um dia, a dar aulas, mas se isso acontecer será sempre em part-time», referiu ao Jornal Sol Mafalda Coelho, esposa de Diogo Coelho vitivinicultor por detrás do projecto da Quinta da Raza.
Esta atitude não me espanta de todo, quando envolve a determinação e dedicação a uma determinada cultura que é urgente reinventar, e no qual os intervenientes citados neste post tem contribuido afincadamente.
Sendo até a prova que o vinho verde nas Terras de Basto se afirma cada vez mais como alternativa de futuro, e no meu entender o ponto firme sobre qual podemos alavancar a nossa terra rumo ao desnvolvimento.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Basta desta cultura de Basto

“Longe vão os tempo em que só algum público de algumas capitais de distrito tinham direito a grandes espectáculos. Com a reabilitação de antigos cine-teatros, há pequenas cidades com cartazes culturais de luxo. E salas a abarrotar de gente. Quanto mais espectáculos, mais público existe para assistir.”

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Esta é a nova realidade, e de certo modo uma bofetada de luva branca, a quem diz que a cultura é só para os grandes centros, e que o cinema não irão vingar, nesta era do DVD e da pirataria, e embalados em cantigas de Quim Barreiros, e piadolas do Roscas e Estacionancio e outros demais cultos ao ridículo, deixamos à muito, encerrar a actividade em espaços como o cine-teatro em Celorico, que são espaços que poderiam dar ênfase a uma diversidade cultural que seria benéfica para todos. Enquanto isto acontecer numa terra de Basto, não auspicio nada de bom, para espaços como a casa do povo no Arco de Baúlhe.
Não é por termos as boas insatalações que podemos dar a imagem de Basto desenvolvido, mas sim pelos eventos que nelas fazemos acontecer …era interessante vermos desenvolver, em Basto, projectos que complementassem o epicentro cultural de Guimarães 2012, e mostrar-mos algumas das nossas especificidades.

sábado, 20 de junho de 2009

Comentários certeiros

Celorico é de facto um concelho com muita qualidade de vida, mas somente para o fim-de-semana, pode-se fazer passeios verdadeiramente “minhotos” pelas suas aldeias, através de estradas e caminhos ladeados por uma atmosfera verdejante, em que leiras empilhadas nas ravinas das serras, solares e casas de campo são uma constante.
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Contudo, durante a semana, em Celorico só há funcionalismo publico “antárctico”, e os jovens de quem o professor Marcelo fala, só podem mesmo ser aqueles, cujas estruturas e empresas municipais lhes conseguiram um emprego. Os outros, independentemente das habilitações, infelizmente tiveram que i(e)migrar para terem qualidade de vida.
. Existe obra em Celorico, obras de construção cível (salvo algumas boas excepções de natureza cientifica) cuja finalidade é o embelezamento, no resto, Celorico está parado no tempo.
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Celorico precisa de mudança, não me refiro a partidos (nas autárquicas vota-se nas pessoas), mas sim a politicas, felizmente nestas eleições são dois jovens que concorrem pelos maiores partidos. Desejo que as suas ideias sejam radicalmente diferentes das praticadas no passado, caso contrário as próximas duas décadas significarão um atraso irreparável para a terra dos meus sonhos de criança.
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Sou um celoricense, também votei e continuarei a votar em Celorico, sinto a mudança, espero não me enganar.
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Aristides Carvalho in blog Marcelo Rebelo de Sousa

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Acontece em Basto...

Festa da Cultura 2009 . VALOR HUMANO…OPORTUNIDADES INOVADORA, CULTURA, FORMAÇÃO E EMPREGO . 18 a 22 de Junho de 2008 Cabeceiras de Basto .

Programa aqui

Debate interessante acerca de Fridão na TSF

Elaborou-se em Mondim, no passado Domingo, um debate acerca da barragem de Fridão transmitido pela TSF, no programa Terra a Terra . Um debate útil, para quem não tem opinião formada acerca do projecto, e que continua sedento de informação, por virtude de uma postura pouco promotora adoptada pelos actores políticos da nossa terra em relação a um projecto tão importante e irreversível. OUVIR AQUI
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Positivo
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Postura sensata dos intervenientes da Edp, bem como do presidente da Câmara de Amarante e e do director do LNEC bem como do ISCTE. Os entrevistados, fora do debate, pela pertinência das questões colocadas, gostei particularmente da intervenção de Diogo Coelho, que é dos maiores produtores de vinho e consecutivamente promotor da especificidade da nossa terra, por espelhar o medo de quem tem tudo em jogo...
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Lamentável
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A postura de Pinto de Moura, ao referir a posição de muitas pessoas que se manifestaram contra a barragem, por questionarem a questão do transvase do Olo, patente no PNBEPH, e que o presidente da Câmara de Mondim tomou como um boato por parte de uns, com o intuito de "intoxicar a opinião das pessoas".
Enunciar atentados terroristas, ou eventualidades com probabilidade de ocorrencia diminuta como argumentos primeiros, revela falta de sensatez. Há muitos outros argumentos, mais validos e sem recorrer ao medo, que pode ter impactes gravosos no desenvolviemnto normal do futuro da nossa terra.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um recado para as Terras de Basto

"Precisamos de uma visão que ultrapasse o pátio da aldeia, que veja mais longe".
Cavaco Silva

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Renascer pela ruralidade de Basto

Este artigo do Publico mostra a fragilidade a que estão sujeitas as áreas rurais dos países da EU, demonstrando que o grande problema é a falta de organização, dispersão , bem como a falta de formação e o êxodo de quem a quer obter levando isto a uma “armadilha” pois “a única janela aberta a crianças e jovens de famílias pobres e pobremente educadas é sair: enfrentar a mobilidade geográfica como forma de mobilidade social". E isto leva ao envelhecimento das populações e a um declínio económico.
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Abre-se aqui um ciclo vicioso: "Baixo nível de educação rural provoca baixa taxa de empregabilidade, o que aumenta a pobreza, o que reduz as hipóteses de se receber um nível de educação elevado". E abre-se outro ciclo: pobres oportunidades de emprego forçam trabalhadores qualificados e migrar; uma força laboral desqualificada não chama investimento capaz de criar oportunidades de emprego. E abre-se outro ciclo: poucos jovens, muitos idosos, poucos nascimentos, reduzida densidade, má performance económica.”

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Como tenho apelado neste espaço parece-me que faz falta uma escola superior na região de Basto, para inverter uma tendência de êxodo para fora da terra com a fixação de alguns e atraindo mais para a nossa terra de forma a criar-mos uma plataforma de desenvolvimento da nossa terra ancorada à massa critica formada na Escola.
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Outra necessidade parece-me a formação de estratégias de concertação dos produtores locais entre eles, mas principalmente com o comércio local de forma a dinamizar as duas partes.
Parece-me que a criação de plataformas que estimulem os pontos acima citados são um bom caminho para o desenvolvimento sustentado das nossas terras tirando partido da sua especificidade algo rural.

Falta de Ética politica

As terras de Basto não se conseguem desenvolver apesar da simpatia das suas gentes e de uma coragem guerreira de se entregarem aquilo que acreditam, não se conseguem afirmar de forma sustentada. Já tenho demonstrado que não me revejo com as linhas mestras das politicas que estão a ser empregues na nossa terra, pela falta de estratégia a médio longo prazo, pela falta de visão e pelo conteúdo demasiadamente brejeiro e baixo como se faz politica.
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Se em Cabeceiras se falam em pastores que guiam rebanhos para pastagens que desconhecem, em Celorico a coisa agrava-se por ver-mos uma entidade supostamente LAICA E REPUBLICANA, como a Camara Municipal,a misturar o objectivo de proporcionar o contacto dos nossos agricultores com as mais avançadas tecnologias ao dispor das lides agrícolas em Santarem, com o” ponto alto do dia” nas palavras do actual presidente, de uma missa em Fátima, na qual os celoricense empunham um estandarte exemplificativo da promiscuidade entre politica e religião, com uma imagem referente ao culto religioso de Fátima e a heráldica do concelho Laico e Republicano de Celorico no verso.
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Parece-me que é neste sentido, de reivindicar uma politica séria que se afirma por ideias, ideais, propostas e estratégias, nas quais possamos alavancar o desenvolvimento das nossas terras, que se deve proclamar a mudança. Se o povo consente esta mistura, fracos são os políticos que se aproveitam destas oportunidades para se fazerem notar.
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A oposição á actual direcção da Câmara, encabeçada pelo engenheiro Lopes Machado que tanto critica a postura festeira e de mistura religiosa , em vez de se afirmar como alternativa demarcando-se das atitudes, cai no erro de as copiar, deitando por terra a tão enfática alternativa como se pretende afirmar.
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DEUS NOS LIVRE.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Europa de Basto

À imagem da vitória nacional do Partido Social Democrata para as Europeias 2009, nas Terras de Basto o voto foi predominantemente laranja, cujo resultado final nos quatro concelhos juntos foi 46,8% de votos conseguidos pelo PPD/PSD e de 30 % pelo PS. Para estes resultados contribuíram os seguintes valores obtidos nos respectivos concelhos:
Cabeceiras de Basto -
PS– 42% PSD-38,8%
Celorico de Basto
PSD-51% PS – 25,7%
Mondim de Basto
PSD-45,4% PS – 24,1%
Ribeira de Pena
PSD-51,9% PS – 28,2%
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Só Cabeceiras quebrou a hegemonia do PSD, mas que mesmo assim não conseguiu impor a diferença de outras eleições.
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Em Celorico a vitória foi a mais folgada das nossas Terras de Basto.
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Curiosidade: As Terras de Basto, com 56395 eleitores inscritos, nesta eleição tinham a possibilidade de eleger 1/3 de um deputado, pois cada um valeu pelo elevado índice de abstenção apenas 150.983 dos 460.000 votos , no entanto apenas 19227 Bastenses participaram nesta eleição sendo assim apenas 0,54% dos votos.
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Questões para reflectir: .
A elevada abstenção é um cartão vermelho aos nossos políticos e suas politicas, com a agravante de este ano não terem o bom tempo como mote justificativo da falta de afluência às urnas. Será que estes resultados poderão servir como uma antevisão das próximas eleições legislativas? A mim parece-me que pode ter influencia na força anímica das campanhas e para envolver militantes, no entanto acho que os portugueses já separam bem as coisas. Este resultado, mais que uma bofetada de luva branca ao governo pelas suas politicas, parece-me condenar de forma mais enfática a má aposta de Sócrates em Vital Moreira, e uma afirmação surpreendente de Paulo Rangel.
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E para as autárquicas, uma curiosidade que notei nas nossas terras é que as freguesias de forma geral continuam fiéis às cores que elegeram para as autarquias, no entanto aparecem cada vez mais casos a comprovar que as pessoas separam cada eleição, mostrando uma maior lucidez na hora de votar.