sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Futebol inclusivo ou exclusivo.

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A liga de futsal Super Viva deste ano está envolta em alguma polémica pela participação de jogadores de fora do concelho, ou melhor jogadores de fora que, pela imposição de uma regra que limitaria a participação de jogadores forasteiros, se naturalizaram como celoricenses para poderem participar na dita liga. E se isto não bastasse a final veio-se revelar entre as duas equipas com peso decisor garantido pelos jogadores de fora, ou seja entre o Codessoso, com jogadores vindos do Porto e o Carvalho, vindos de Fafe.
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Este facto, que poderia ser levado com algum orgulho, pela participação de excelente jogadores que foram movimentados para Celorico a favor de um bom espectáculo e atribuição de uma melhor competitividade e a obrigatoriedade de elevação dos jogadores menos competitivos. Foi antes visto como uma invasão intolerada por alguns celoricenses,que não se conteram a levantar cartazes de ordem ao 100% celoricense. Pois alem de ousarem ser bons jogadores, ousaram ser de fora do concelho.
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Para mim o facto de estas pessoas se tornarem celoricenses, se duvidas e pouca tolerância houvesse, devia garantir um tratamento de igualdade. E deviam funcionar como mais uma prova que os celoricenses são pessoas abertas e que sabem receber e conviver com as pessoas de fora pois sempre tiveram uma boa conduta durante a Liga. O que me assusta no meio disto tudo é o facto de haver correspondência a este sentimento algo xenófobo por parte da organização que prometeu tomar medidas mais restritivas para o próximo ano, esquecendo-se que quanto mais restritiva tornaram as participações na Liga mais as regras foram deturpadas.
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Não podemos promover em tarefas isoladas, aquilo que queremos para a nossa terra, mas promover isso numa cultura geral, que lembre que os de fora devem ser sempre bem acolhidos para promover uma maior interacção entre Celorico e a sua envolvente, sem correr o risco de ficar-mos isolados, isto em tudo a nível empresarial económico sociológico e desportivo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia

Não acompanho a liga de futsal, mas queria deixar aqui uma mensagem relativamente a este post.
Concordo com quase tudo o que aqui foi dito excepto uma frase do texto e uma interrogação que deixo aqui.
1º"quanto mais restritiva tornaram as participações na Liga mais as regras foram deturpadas". se assim acontece é sinal de que os respectivos clubes da liga não respeitam a mesma e como tal devem ser tomadas medidas pela liga. Não se pode deixar de fazer regras só para não haver quem não as cumpra, penso é que tem que se castigar quem não as cumpre.
2º Como mencionei em cima a interrogação que aqui deixo é a seguinte: Se os jogadores se naturalizaram celoricenses porque vieram para cá morar penso que está tudo certo, mas interrogo-me, será que não há alguns que deram as moradas de amigos só para poderem inscrever-se?

Carlos Leite disse...

Caro “anónimo?”, agradeço-lhe o comentário, sendo normal e salutar que haja algumas discórdias.

no entanto, e não querendo generalizar, o que pretendia dizer é que sempre se legislou na liga um bocadinho a reboque dos acontecimentos, e não de forma a aplicar um cultura inclusiva e de cidadania na dita liga que reflectisse ou que pretenda transparecer um modelo global a aplicar socialmente. Se tivesse dito “quanto mais se legislou mais as regras foram deturpadas”, estava de acordo com a sua intervenção, assim continua-mos discordantes.
Os casos eram de pessoas que se naturalizavam como o propósito de jogar na Liga, e que o faziam por haver dinheiro envolvido, e pela facilidade do processo permitida pelo cartão de cidadão. A inscrição é acompanhada do dito documento logo não é feita de boca mas antes comprovada documentalmente.

grato por expressar, mesmo anonimamente, o seu pensamento.

Cumprimentos