O passado fim de semana, foi rico em acontecimentos culturais nas terras de Basto, acontecimentos dignos de qualidade para exportar para todo o país.
A festa das Camélias continua a revelar esta nossa especificidade, funcionando como uma ancora e uma marca que Celorico de forma inteligente tem sabido explorar ano após ano.
As Camélias revelam uma essência , um arranjo do seu corpo, que parece apologista a um movimento e dinâmica acolhedora que as nossas terras precisam para desabrochar e revelar a sua beleza impar aos sentidos, que a natureza lhe empresta.Os elementos estão presentes, só basta reinventa-los rumo a um futuro ambicioso.
O ênfase e o registo desta feira poderia melhorar se envolvêssemos os concelhos irmãos nesta aposta.
Não será com certeza a magia das Camelias, a compor a coroa de saudades que a EDP e o Estado Portugues, encomendou para o nosso rio e que levou em Mondim, pela caneta e acção de Jales de Oliveira, uma bofetada de luva branca, num momento único, numa homenagem que eternizou num “quadro” digno de “emoldurar e dependurá-lo no peito” o que o Tâmega lhe segredou . Depois de ler passagens do livro, revolta-me ainda mais o espelho de agua que nos querem impingir, em troca, do nosso espelho de cultura vivencias e memórias ancestrais da “artéria aorta” que irriga o “pequeno coração esquartelado” de Portugal . Uma despedida ao pai que ensinou gerações a nadar e a viver, de uma natureza que alguém ousa em deturpar . Se houver no futuro, “lágrimas teimosas que saltam a cada momento”, será ainda “o Tâmega[ livre] a explodir nos sacos lacrimais. “Dói-me que se apague” este rio e esta terra nossa, para acender e iluminar os interesses brutos de alguns.
Um obrigado e um grande abraço ao Jales de Oliveira, por servir de forma brilhante, como porta voz de todos a quem corre um rio no peito, e que se afirmam contra este atentado, que se irá consumar num F(e)ridão de morte para o nosso eterno Tâmega.
3 comentários:
muito bem !...
grande "post" de 2 acontecimentos importantes, diria "endógenos", e de 1 em especial em que também tive o previlégio de participar.
alfredo pinto coelho
mondim de basto
privilégio, claro!
apc
Caro Alfredo, acho que todos os presentes se sentiram bastante priviligiados, quer pelas palavras e letras do escritor Jales de Oliveira, mas tambem por todo o conteudo da cerimonia de apresentação do livro.
grato por expressar pensamento
Cumprimentos
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