quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Repensar modelos pedagógicos

O encerramento das escolas, mostra-se como uma aposta governamental, que de certo modo compreendo, numa formulação de alguns modelos anti-pedagógicos. No entanto há questões que devem ser ponderadas nesta nova planificação do ensino.
Primeiro a forma, mais uma, como isto foi levado a cabo, com dissidências entre autarquias, associações de pais, e o próprio governo. Nos mapas de transportes entre outras questões sensíveis que me parecem lesar o superior interesse da criança, onde o superior interesse do aluno nem sempre é salvaguardado. Precisa-mos de motivação por parte dos professores e o acarinhamento do aluno, que devem perceber o seu papel estruturante no desenho do nosso futuro.
O desnorte mostrado nesta alteração leva a que as pessoas possam não perceber uma atitude que á partida poderia parecer sensata, mas mais uma vez, parece mais uma medida avulsa, que propriamente uma estratégia de futuro.
As freguesias pequenas, sem escolas, tornam-se frágeis , aquando da aplicação de estratégias de fixação de população. Se a estratégia é promover a concentração de pessoas em núcleos populacionais mais densos, abre-se uma lacuna referente ao futuro das aldeias que são das mais brilhantes especificidades da nossa terra.
Pensando-se num planeamento sustentado destas medidas, pergunto-me acerca do papel das juntas de freguesia. Se uma terra não justifica a escola primária, qual a necessidade de juntas de freguesia em todos os núcleos populacionais.

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