quarta-feira, 9 de junho de 2010

Desequilíbrios

Estamos cada vez mais prensados por um estado a encolher-se.
Os hospitais estão cada vez mais associados aos grandes centros urbanos e a tendência é a privatização, tornando-se mais distantes das pessoas. O mesmo está a acontecer com as escolas, os serviços serão os senhores que se seguem.
Estas matérias poderão revelar-se ciclicamente prejudiciais para as nossas terras, na medida em que ao fecharem serviços por não haver pessoas, as pessoas não se fixarão por não existirem serviços.
Modestamente parece-me que estamos a viver uma tendência contraditória, àquela que de forma visionária se pôs em prática em casos de sucesso no exterior. Estamos a promover a uma ocupação díspar do território. A tendência que me parecia plausível seria promover o desenvolvimento sustentado dos meios rurais de forma a cooperar e interagir com os pólos urbanos.Perante as nossas especificidades, temo que as repercussões sobre as aldeias que tanto nos são características, se revelem em mais uma forma para lhes retirar dinâmica viva e até mesmo e desertificá-las.

Daqui advêm algumas questões que me parecem pertinentes.
  • Este encolher do estado deveria ser extensível ao sistema político, exemplo das juntas de freguesia. Se uma pequena freguesia consegue viver sem escola, viverá com certeza sem junta de freguesia.
  • Qual o papel que irão ter as antigas escolas? Pousadas de juventude, Albergues, centros de dia, sedes de associações, são programas facilmente previstos, no entanto penso que deveríamos apostar em pólos dinamizadores de empresas, sedes de start-ups, centro de inteligência e inovação, pois temos que contrariar o fado que o estado centralista nos pretende traçar.

Sem comentários: