quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pensar Celorico

Parece que a densidade eleitoral deste ano tem sido francamente negativa para a apresentação de ideias a todos os níveis. Misturam-se conteúdos europeus com os legislativos e autárquicos, montando-se um cenário propicio e confuso para a actuação de políticos sem ideias, e que se instalam á sombra dos partidos que agora os deixam desamparados. Os celoricenses esperam pelas propostas dos candidatos, e até agora só recebem a suposição, o ataque pessoal e o vazio.
Eu como Celoricense que gosta de Celorico, num humilde e extenso exercicio de cidadania proponho uma visão e estratégia, precedidas de um pequeno diagnostico desta Terra de Basto.
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Diagnóstico

Celorico é uma terra com história, onde os solares pontuam e testemunham o potencial desta terra, que não se soube reinventar entrando naturalmente em decadência. Terra cuja economia está absolutamente dependente, de um sector agrícola envelhecido, e de uma dependência excessiva dos empregos gerados pela autarquia, bem como dos subsídios vindos do governo central ou Europa. O facto de não se ter fixado um rumo ou uma marca para o concelho , tem resultado em politicas de ocasião sem resultados claros para o desenvolvimento do concelho. Mão-de-obra envelhecida, e sem formação que responda ás necessidades do concelho, sendo por isso este concelho pouco competitivo. Os postos de trabalho são atribuídos sem que se teste a capacidade das pessoas a ocupar o lugar, sendo estes atribuídos por conhecimento, ou por simpatia politica.
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Visão /estratégia

Tornar Celorico um concelho competitivo, apostando sobretudo na qualificação da mão de obra, bem como fixar a existente reinventando os sectores ancoras presentes já na terra.bem como criar plataformas de promoçao e obtençao de conhecimento, e dinamização das existentes.
Tornar esta terra atractiva para viver, reutilizar a história presente no concelho e a paisagem envolvente como ancora para firmar o rumo desta terra, de forma a torna-la distinta também na atracção de turismo .
Culturalmente rico e atraente, continuando a promover iniciativas como feira das camélias, feira da terra, etc. No entanto é importante reinventar as iniciativas culturais, diversificando-as apontando para um publico mais jovem, trocando os mega eventos por outros mais regulares. diversificar os eventos culturais, criando opçao aos folcloricos e romarias.
Melhorar as acessibilidades ao exterior, terminando ligações estratégicas como a Variante do Tâmega, apostando em outras plataformas de acessibilidades como a digital, garantindo um melhor serviço a nível da transmissão de dados. Evitar gastos em vias que não são estratégicas.
Promover as Bandeiras e características distintas desta terra, parece-me que transformar a Biblioteca Municipal Marcelo R. Sousa ,como uma marca no exterior, divulgando-a na internet, bem como digitalizar parcialmente os conteúdos disponíveis, mostrando inovação, tornando-a mais apelativa a novas visitas. Tornar os horários mais amplos seria uma tarefa a ambicionar.
Reabilitar os núcleos urbanos, controlando o crescimento destes, a nível da sede do concelho bem como das freguesias, integrar parte do campo da Veiga em Celorico, sem o urbanizar com edifícios densos, prolongando a Zona Verde existente ao longo do Freixieiro. Com parques de lazer, Quintas biológicas, reforçar a presença da agua, exemplos de aproveitamento de energia renovável etc. Percursos pedonais, bem como arranjos florestais podia ser interessante.
Humanizar o espaço publico do centro da Vila, actualmente o centro parece desenhado para o automóvel, fazendo com que a avenida tenha um aspecto muito descuidado, e as praças existentes são pouco apelativas para o utilizador. O urbanismo deve ser feito com mais rigor, pensando que as pessoas fazem parte do mesmo.
Reformular o papel da Câmara e o peso decisor na vida dos celoricenses, a câmara municipal tem um peso demasiadamente excessivo na vida bem como na percentagem de empregos que oferece na terra, tendo um peso desmesurado na economia da região. Esta dependência não é benéfica para o desenvolvimento sério da região. Envolver mais os actores motores desta região nas decisões politicas, bem como os cidadãos é importante para quem trabalha para os servir.
Revitalizar o comercio local, elaborando uma carta comercial onde se planeia de forma estratégica a localização de cada loja, bem como o papel a ocupar por cada uma, numa estratégia para modernizar o comercio tradicional, tranformando-o numa espécie de shoping a ceu aberto, e respondendo a novas formas de negocio, sobretudo a nivel digital, de forma a poderem estar sintonizados com os fornecedores, de preferencia locais.

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Ps: este post vai estar em actualização, com ideias(poucas, mas mais que as dos candidatos) minhas ou com outras apresentadas pelos leitores.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estive à espera que este artigo publicado pelo Jornal "O Basto" fosse disponibilizado on-line para aqui o deixar à apreciação dos leitores deste Blog.
Como resultado de várias reuniões
efectuadas e perante a não recandidatura do
actual Presidente da Câmara Albertino Mota
e Silva, pai de Joaquim Mota e Silva, as várias
estruturas do PSD nas freguesias de Celorico,
consideraram que o filho do Presidente da
Câmara, actual Vereador e líder local do
partido será o melhor candidato à Câmara
Municipal nas próximas eleições de
Outubro. Ao que “O Basto” apurou, a
Comissão Política Distrital do PSD, presidida
por Vergílio Costa já confirmou a candidatura
de Joaquim, que desta forma e em caso de
vitória, dará sequência à também chamada
“Dinastia da família Mota e Silva”, que
governa desde 1989 o município de Celorico
de Basto controlando directa ou
indirectamente praticamente todas as
instituições de um município, que não
obstante ter registado algum
desenvolvimento infraestrutural, de acordo
com os indicadores conhecidos, tem
assistido a uma verdadeira sangria humana,
mostrando-se incapaz de fixar a sua
população activa, principalmente os mais
jovens, que na falta de perspectivas de
fixação têm abandonado o concelho, rumo
ao estrangeiro e às cidades do litoral do país.
“O Basto” apurou ainda que a Médica Graça
Mota, uma versão social-democrata
Celoricense do Médico Socialista
Cabeceirense China Pereira, ocupará o
segundo lugar da lista de Joaquim. O terceiro
lugar da lista de Joaquim Mota e Silva, estará
reservado para o Professor Fernando
Peixoto, actual Presidente da Assembleia
Municipal e recém-eleito Director do
Agrupamento de Escolas de Gandarela e em
quarto lugar da lista do PSD, aparecerá, de
acordo com as nossas fontes, o actual
Presidente da Junta de Fervença, Hernâni
Basto, conhecido empresário na Vila de
Celorico.
Uma carreira política que começou na JSD
Joaquim Mota e Silva enfrenta em Outubro
próximo, um decisivo teste na sua carreira
política. Se vencer o candidato do Partido
Socialista, é bem provável que se mantenha
no cargo, pelo menos mais uma geração. Se
perder, a sua carreira política ficará
irremediavelmente afectada. Joaquim entrou
na política pela mão de seu pai, Albertino
Mota e Silva, Presidente do município
desde 1989, ano em que “destronou”
da Presidência da autarquia o centrista
João Polido. De então para cá, Joaquim
teve uma ascensão meteórica no PSD
local, começando primeiro na JSD.
Desempenhou cargos na Empresa
Municipal, na Casa do Agricultor e
cedo entrou na Vereação, “encostando
às Boxes” alguns pretendentes a
sucessores de Albertino, como o Eng.
Inácio, o Comandante Marinho Gomes,
ou mesmo o consensual e tecnicamente
qualificado Peixoto Lima, Chefe de
Departamento da autarquia celoricense.
Quis o destino, que Joaquim viesse a
suceder a seu pai, na liderança do PSD/
Local e assim aconteceu. Foi também
Deputado na Assembleia da República por
curtos períodos, no início da presente
década e com Marcelo Rebelo de Sousa na
liderança da Assembleia Municipal,
Joaquim ganhou importância e influência
no PSD. Para muitos celoricenses, “a sua
imagem de “socialite” e “bom vivant”
apreciador de ambientes nocturnos e
discotecas, causou-lhe alguns dissabores
e retrocessos na sua carreira política, como
daquela vez em que, citando o Jornal de
Notícias, “foi neutralizado por uma brigada
da PSP na noite do Porto, alegadamente
para ser submetido a controlo de álcool”.
Segundo o mesmo jornal, “Joaquim terá
fugido às autoridades para não ser
apanhado”, situação que o Vereador
desmentiu sempre.
Pela mão e com o alto patrocínio de seu pai,
Presidente da Câmara, o “predestinado”
Joaquim assume a vontade de lhe suceder
na cadeira presidencial em Outubro próximo,
quando se realizarem eleições autárquicas.
Resta saber se os Celoricenses apreciarão
esta verdadeira “dinastia” e se
maioritariamente darão a sua confiança a
Joaquim. É uma dúvida que será esclarecida
nos próximos meses.

Helena disse...

Ai ai, se em vez de andarem a dar esferográficas de porta em porta, a administração de CBT lê-se e analisasse este texto, de certeza que o tempo seria melhor empregue! Concordo com tudo o que escreveu! Portugal está atrasado em relação á europa 30 anos. em Celorico ainda não chegamos á Revolução. Custa-me ver que numa terra cheia de potencialidades, os jovens tenham de sair.. Tudo se perde!
Parabéns, mais uma vez, pelo blogue e em particular por esta excelente análise.
Helena *