quarta-feira, 11 de março de 2009

Pensar Basto

As nossas terras de Basto já perceberam que as exigências que hoje lhes são dadas tem uma natureza diferente baseada numa sociedade diferente moldada pela globalização.
E fala-se muito em competitividade dos territórios, numa lógica de cooperação em rede que não tem que ser estabelecido com a vizinhança próxima, mas com aqueles que nutrem os mesmos objectivos.
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Esquecem-se que esse tipo de planeamento de competitividade é feito por cidades com uma certa dimensão e riqueza urbana, que está ao alcance de poucas cidades em Portugal, às nossas vilas de Basto, não resta senão um sentido de cooperação, que podem engendrar solitariamente com outras entidades externas, mas que nunca se poderá destacar, porque os recursos tangíveis presentes em Cabeceiras(p.exemplo), encontram-se em Celorico ,Mondim ou Ribeira de Pena, conseguindo-se as mesmas especificidades não se conseguindo por aí fazer a diferença. Quanto aos activos intangíveis( cultura, formação etc.) que valem cada vez mais, eles existem espalhados de forma homogénea entre o território de Basto. Não acredito que nenhum concelho se demarque também nesse sentido.
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Porque estamos a fazer difícil o que de certo modo é fácil, numa estratégia de cooperação a nível das terras de Basto. Não tem que ser em todos os projectos, mas apenas nos projectos bandeira. Porque não uma estratégia de colaboração cultural, á imagem da feira dos vinhos itinerante, em que se notava a diferença, e uma aproximação entre os quatro concelhos de Basto. Ou então lembremo-nos de projectos como a Escola Profissional e Agrícola de Fermil, fundada num acordo entre os actores políticos de Basto. E porque não pensar no mesmo sentido para uma Escola Superior que serviria os quatro concelhos de Basto, de forma a conseguir recursos humanos que consigam desenvolver estas terras, para um concelho é um projecto talvez desmedido, mas para os quatro penso que seja possível de alcançar, só com estradas já vimos que não vamos lá. Basto é único, em características, cultura e até em microclima, a terra de excelência dos Verdes, desde os vinhos, passando pelas paisagens, e de uma certa qualidade de vida que anda aqui se pode oferecer.
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Não faz sentido dizer que o Monte da senhora da graça é só de Mondim, quando de todo o território de basto tenho uma vista exuberante sobre ele, não faz sentido dizer que o Mosteiro é só de Cabeceiras quando é tão conhecido e amado por todas as terras de Basto, o mesmo digo dos Solares que se plantam de forma graciosa por todo o território de Basto. É uma cultura única baseada nos mesmos valores e características, porque pensa-la fragmentada?
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Deixemo-nos de individualidades, e estrelato isolado e pensemos Basto em conjunto.

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