terça-feira, 19 de maio de 2009

Lavradores da memória e dos sonhos

A TVI passou uma reportagem de Conceição Queiroz que mostra o estado degradante da nossa agricultura. Revoltou-me ouvir algumas palavras do ministro da agricultura, Jaime Silva, que parco de soluções ou ideias para inverter o problema, limitou-se a apontar as associações de agricultores, como meio de conseguir vender ao hipermercado Continente, e a outros grandes mercados. Há de facto um problema em que sempre se deu o peixe e não se ensinou a pescar, e hoje não temos quase agricultores jovens, que ainda consigam reter da experiencia dos actuais donos da agricultura, a sua sabedoria. As associações serão impossíveis se a nossa mão de obra não estiver rejuvenescida, para se desenharem estratégias a médio longo prazo.
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O problema da agricultura parece-me residir neste envelhecimento da mão de obra mas também, da desertificação do interior onde ainda reside um filão generoso da agricultura, que lhe viu retirado o consumidor do seu produto. Urge modernizar o sistema no entanto até que isto se preconize, seria importante lançar medidas eficazes a curto prazo. É essencial portanto, estabelecer plataformas que consigam levar de novo o produto ao consumidor, e o Continente e as grandes superfícies não são os únicos, pois por aqui não me parece que se consiga tornar os nossos produtos competitivos, pois estão sujeitos a uma serie de controlos impossíveis de suportar pelo pequeno produtor.
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A mudança da lei para protecção dos produtos artesanais, mostrou um bom senso e compreensão por parte do governo, da escala de grande parte da produção agricola portuguesa, mas o sistema já moribundo parece não ter reagido com inteligência às novas oportunidades, trazidas pela lei.
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Continuo a reforçar o pensamento, de que as Terras de Basto tem enormes potencialidades neste sector agrícola, no entanto parece-me que continua a faltar uma dose de inovação e criatividade para reinventar o mesmo. Gostava de ver desenvolvidas estratégias por parte das autarquias e associações agrícolas. (Mutua, casa do Agricultor, Cooperativas, etc), para tentar atrair talentos nestas áreas que pudessem servir de fundação e animo à fixação de novos agricultores, e tentar mudar o paradoxo fantasmagórico e promíscuo que a agricultura é para velhos ou para quem não sabe fazer mais nada.
outra questão que me parece ser opçao de futuro é a agricultura biologica , e parece-me vantajosa e "facil"de adoptar, pois o sistema de produçao utiliza muito e de forma ingenua as exigencias para que se faça Bio agricultura.
Desde já gostaria de voltar a felicitar a iniciativa Verde Basto, lançada pela autarquia celoricense.
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E como este problema afecta muito a nossa região, gostava de ouvir propostas para a sua resolução, para que deixemos de ser lavradores na memória, para passarmos a ser lavradores dos sonhos e ambições da nossa terra.
Bem hajam

1 comentário:

alberto foucinhas disse...

temos tamta cousa boua aqi nu noço pais e num presizaba de bir de la de fora sas noças teras foçe todas cultibadas e deçe apoios çubciãetes pra pudermos apilhar us de la de fora