sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um gigante na aldeia da sua imaginação

Pedro Lemos é um celoricense que por ser gigante na aldeia da sua imaginação, já conseguiu captar as objectivas da imprensa nacional, por virtude de um talento impressionante de quem instintivamente cumpre escalas, proporções, alinhamentos e relações com uma mestria exemplar. É um talento natural, um artista naif, ou mais um Bastense desamparado que se fosse devidamente auxiliado por alguma entidade formadora, ou quiçá promotora da nossa terra, podia crescer e transformar-se num gigante no meio de grandes obras. Não acredito que o Pedro bem auxiliado não conseguisse progredir e transformar o que faz de muito bom, em algo brilhante e exclusivo que o pudesse afirmar ainda mais, conjuntamente com a sua terra.
Falta uma mentalidade que veja nas pessoas, e na sua criatividade ou no seu talento individual ou colectivo a receita para o desenvolvimento da nossa terra.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pensadores em Basto II

No âmbito do Ciclo de Conferências “Políticas de Futuro”, desloca-se a Cabeceiras de Basto, no próximo dia 23 de Maio, o Dr. António Arnault, ex-ministro da Saúde e responsável pela criação do Serviço Nacional de Saúde, para proferir uma Conferência subordinada ao tema, em jeito de pergunta “Saúde Para Todos?”. Decorrerá no Auditório Municipal Ilídio dos Santos, a partir das 15h00. [via ecos de basto]

Pensadores em Basto

"O Historiador e Deputado à Assembleia da República do Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, profere no próximo Sábado, dia 23 de Maio, em Cabeceiras de Basto, uma conferência/debate subordinada ao tema, “As conquistas de Abril e os “ataques” ao Estado Social em Portugal”.
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A iniciativa é organizada pela adbasto e conta com o apoio do Jornal “O Basto”, tendo o seu início marcado para as 18 horas, na sede social da adbasto (associação de desenvolvimento técnico-profissional das Terras de Basto), situada no Lugar da Quinta da Mata, junto à sede da Vila em Cabeceiras de Basto.
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São objectivos desta iniciativa, aberta a toda a comunidade, “reflectir de uma forma séria e responsável sobre as conquistas e os direitos sociais conseguidos com a implantação do regime democrático em Portugal e efectuar uma abordagem aos constantes “ataques” perpetrados contra o “Estado Social” nos últimos anos, que se têm traduzido numa perda gradual de direitos dos cidadãos, na área do emprego, da saúde e da segurança social”.
comunicado recebido da adBasto

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pensar Celorico

Parece que a densidade eleitoral deste ano tem sido francamente negativa para a apresentação de ideias a todos os níveis. Misturam-se conteúdos europeus com os legislativos e autárquicos, montando-se um cenário propicio e confuso para a actuação de políticos sem ideias, e que se instalam á sombra dos partidos que agora os deixam desamparados. Os celoricenses esperam pelas propostas dos candidatos, e até agora só recebem a suposição, o ataque pessoal e o vazio.
Eu como Celoricense que gosta de Celorico, num humilde e extenso exercicio de cidadania proponho uma visão e estratégia, precedidas de um pequeno diagnostico desta Terra de Basto.
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Diagnóstico

Celorico é uma terra com história, onde os solares pontuam e testemunham o potencial desta terra, que não se soube reinventar entrando naturalmente em decadência. Terra cuja economia está absolutamente dependente, de um sector agrícola envelhecido, e de uma dependência excessiva dos empregos gerados pela autarquia, bem como dos subsídios vindos do governo central ou Europa. O facto de não se ter fixado um rumo ou uma marca para o concelho , tem resultado em politicas de ocasião sem resultados claros para o desenvolvimento do concelho. Mão-de-obra envelhecida, e sem formação que responda ás necessidades do concelho, sendo por isso este concelho pouco competitivo. Os postos de trabalho são atribuídos sem que se teste a capacidade das pessoas a ocupar o lugar, sendo estes atribuídos por conhecimento, ou por simpatia politica.
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Visão /estratégia

Tornar Celorico um concelho competitivo, apostando sobretudo na qualificação da mão de obra, bem como fixar a existente reinventando os sectores ancoras presentes já na terra.bem como criar plataformas de promoçao e obtençao de conhecimento, e dinamização das existentes.
Tornar esta terra atractiva para viver, reutilizar a história presente no concelho e a paisagem envolvente como ancora para firmar o rumo desta terra, de forma a torna-la distinta também na atracção de turismo .
Culturalmente rico e atraente, continuando a promover iniciativas como feira das camélias, feira da terra, etc. No entanto é importante reinventar as iniciativas culturais, diversificando-as apontando para um publico mais jovem, trocando os mega eventos por outros mais regulares. diversificar os eventos culturais, criando opçao aos folcloricos e romarias.
Melhorar as acessibilidades ao exterior, terminando ligações estratégicas como a Variante do Tâmega, apostando em outras plataformas de acessibilidades como a digital, garantindo um melhor serviço a nível da transmissão de dados. Evitar gastos em vias que não são estratégicas.
Promover as Bandeiras e características distintas desta terra, parece-me que transformar a Biblioteca Municipal Marcelo R. Sousa ,como uma marca no exterior, divulgando-a na internet, bem como digitalizar parcialmente os conteúdos disponíveis, mostrando inovação, tornando-a mais apelativa a novas visitas. Tornar os horários mais amplos seria uma tarefa a ambicionar.
Reabilitar os núcleos urbanos, controlando o crescimento destes, a nível da sede do concelho bem como das freguesias, integrar parte do campo da Veiga em Celorico, sem o urbanizar com edifícios densos, prolongando a Zona Verde existente ao longo do Freixieiro. Com parques de lazer, Quintas biológicas, reforçar a presença da agua, exemplos de aproveitamento de energia renovável etc. Percursos pedonais, bem como arranjos florestais podia ser interessante.
Humanizar o espaço publico do centro da Vila, actualmente o centro parece desenhado para o automóvel, fazendo com que a avenida tenha um aspecto muito descuidado, e as praças existentes são pouco apelativas para o utilizador. O urbanismo deve ser feito com mais rigor, pensando que as pessoas fazem parte do mesmo.
Reformular o papel da Câmara e o peso decisor na vida dos celoricenses, a câmara municipal tem um peso demasiadamente excessivo na vida bem como na percentagem de empregos que oferece na terra, tendo um peso desmesurado na economia da região. Esta dependência não é benéfica para o desenvolvimento sério da região. Envolver mais os actores motores desta região nas decisões politicas, bem como os cidadãos é importante para quem trabalha para os servir.
Revitalizar o comercio local, elaborando uma carta comercial onde se planeia de forma estratégica a localização de cada loja, bem como o papel a ocupar por cada uma, numa estratégia para modernizar o comercio tradicional, tranformando-o numa espécie de shoping a ceu aberto, e respondendo a novas formas de negocio, sobretudo a nivel digital, de forma a poderem estar sintonizados com os fornecedores, de preferencia locais.

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Ps: este post vai estar em actualização, com ideias(poucas, mas mais que as dos candidatos) minhas ou com outras apresentadas pelos leitores.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Lavradores da memória e dos sonhos

A TVI passou uma reportagem de Conceição Queiroz que mostra o estado degradante da nossa agricultura. Revoltou-me ouvir algumas palavras do ministro da agricultura, Jaime Silva, que parco de soluções ou ideias para inverter o problema, limitou-se a apontar as associações de agricultores, como meio de conseguir vender ao hipermercado Continente, e a outros grandes mercados. Há de facto um problema em que sempre se deu o peixe e não se ensinou a pescar, e hoje não temos quase agricultores jovens, que ainda consigam reter da experiencia dos actuais donos da agricultura, a sua sabedoria. As associações serão impossíveis se a nossa mão de obra não estiver rejuvenescida, para se desenharem estratégias a médio longo prazo.
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O problema da agricultura parece-me residir neste envelhecimento da mão de obra mas também, da desertificação do interior onde ainda reside um filão generoso da agricultura, que lhe viu retirado o consumidor do seu produto. Urge modernizar o sistema no entanto até que isto se preconize, seria importante lançar medidas eficazes a curto prazo. É essencial portanto, estabelecer plataformas que consigam levar de novo o produto ao consumidor, e o Continente e as grandes superfícies não são os únicos, pois por aqui não me parece que se consiga tornar os nossos produtos competitivos, pois estão sujeitos a uma serie de controlos impossíveis de suportar pelo pequeno produtor.
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A mudança da lei para protecção dos produtos artesanais, mostrou um bom senso e compreensão por parte do governo, da escala de grande parte da produção agricola portuguesa, mas o sistema já moribundo parece não ter reagido com inteligência às novas oportunidades, trazidas pela lei.
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Continuo a reforçar o pensamento, de que as Terras de Basto tem enormes potencialidades neste sector agrícola, no entanto parece-me que continua a faltar uma dose de inovação e criatividade para reinventar o mesmo. Gostava de ver desenvolvidas estratégias por parte das autarquias e associações agrícolas. (Mutua, casa do Agricultor, Cooperativas, etc), para tentar atrair talentos nestas áreas que pudessem servir de fundação e animo à fixação de novos agricultores, e tentar mudar o paradoxo fantasmagórico e promíscuo que a agricultura é para velhos ou para quem não sabe fazer mais nada.
outra questão que me parece ser opçao de futuro é a agricultura biologica , e parece-me vantajosa e "facil"de adoptar, pois o sistema de produçao utiliza muito e de forma ingenua as exigencias para que se faça Bio agricultura.
Desde já gostaria de voltar a felicitar a iniciativa Verde Basto, lançada pela autarquia celoricense.
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E como este problema afecta muito a nossa região, gostava de ouvir propostas para a sua resolução, para que deixemos de ser lavradores na memória, para passarmos a ser lavradores dos sonhos e ambições da nossa terra.
Bem hajam

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um celoricense às avessas

Lopes da Mota é um celoricense que está no centro da actual discussão do estado do país! É estranho a posição em que este magistrado foi apanhado depois de o feitiço do caso freeport se ter voltado contra o feiticeiro. Deve convir a alguém que pareça este o culpado de todo o caso, enquanto se fala de uns não se fala de outros, mas a verdade é que o nosso conterrâneo já tem um historial um tanto ao quanto suspeito, pois enquanto delegado do Ministério Publico terá fornecido informações(em dvd,mesmo antes da PJ iniciar qualquer busca) a Fátima Felgueiras, sobre o processo que decorria contra ela . Esta atitude foi feita, segundo o DN, como forma de retribuir um favor que a edil Felgueirense terá feito em tempos , quando colocou a esposa do magistrado a dar aulas em Felgueiras aproximando-a de casa.
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Foi este perfil promíscuo entre politica e justiça que lhe valeu, para Souto Moura, o cargo de futuro procurador geral da republica, e agora um processo disciplinar.
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Seria bom que se adoptasse de forma generalizada este tipo de atitude repulsiva contra a promiscuidade politico/judicial, mas tambem dos favores pessoais,e caciquismos que minam por completo todo o sistema, e impedem o bom funcionamento das coisas.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Não venhas, espelho de àgua

Na edp cuidar do meio ambiente,
e proteger as espécies em extinção
e melhorar a qualidade de vida das pessoas
faz parte da nossa missão
quando projectamos uma barragem
projectamos um futuro melhor.
edp Sinta a nossa energia

quinta-feira, 7 de maio de 2009

do tâmega: uma imagem, algumas palavras

Ó meu Tâmega obscuro, água dormente…
Ó rio, à noite, a arder, todo estrelado!
Água meditativa, ao luar nascente,
Água coberta de asas, ao sol-nado!
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Teixeira de Pascoaes
_____________________________________________© Samura
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Pena-me a hora desinspirada
Em que resolvi cantar-te
E fui destruindo a arte
Em cada palavra pensada.
Artéria principal em ribeiros metastizada
Sinónimo de fronteira forçada
A quatro povos irmãos
Com mesmo cansaço nas mãos
Os mesmos rostos e medos
O mesmo manjar sobre a mesa
A mesma alegria e tristeza
Por te fazer chegar aos vinhedos
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Uma imagem, algumas palavras

"Empoleirado neste miradouro, solto os olhos por metade de Portugal. Montes, rios e vales edémicos, genesíacos, como que acabados de sair das mãos do Criador. A natureza na sua primitiva decência, desabitada, limpa de toda a mácula humana. Nem sequer tocada pelo mesmo pasmo de quem a contempla."
Miguel Torga

terça-feira, 5 de maio de 2009

A verdade da mentira

“Cansados de dilemas e de leituras complexas, os eleitores preferem os discursos cheios de soluções à medida, que descartam as contrariedades, ignoram os sacrifícios ou que, em qualquer caso, adiam o sofrimento. Este sentimento gera um paradoxo: a cada oportunidade de votar há como uma esperança latente de mudança, uma réstia de motivação, que desafia uma necessidade de estabilidade e segurança. Assim, vota-se no mesmo, acreditando que fará diferente. Vota-se naquele que, antes, nos mentiu, porque queremos dar-lhe, a ele e a nós, mais uma oportunidade. Tolera-se o cinismo do político, travestido, que hoje está muito próximo dos que ontem criticou. Aliás, em politiquês, a palavra “mentira” nem existe; diz-se “in-verdade” no discurso politicamente correcto. . (...) . Os eleitores são atraídos pela sedução do poder e acreditam que há no eleito (o escolhido, o ungido…) uma legitimidade, sufragada, que está acima da legitimidade jurídica. Ao vencedor, atribui-se um estatuto de imunidade que o torna inimputável. Gostamos de acreditar que “quem manda” pode sempre mais do que aquilo que a lei permite e piscamos o olho à engenhosa desfaçatez do político e ao seu famoso poder discricionário.”
[ler tudo aqui]
José António Nobre em Mondim Leituras
isto tem que mudar, mas quando?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

PENSAMENTOS PARA BASTO DE FUTURO

Parece-me que há muitas opções politicas nesta terra, que continuam amarradas ao passado irrresponsavel e com péssimos resultados.
A politica do asfalto imposta nas Terras de Basto é fruto de uma espécie de inquérito feito junto da população, que pede este tipo de solução para o desenvolvimento da sua terra. Parece-me que este tipo de politica, alem de ser popular, tem inerente a ela uma dose de irresponsabilidade, pois dá ás pessoas aquilo que elas querem e não o que elas precisam.
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Vejo as autarquias a desenvolver políticas sociais de apoio aos idosos que estão isolados, e além de reconhecer a bondade da iniciativa, gostaria de ver questionada a razão pela qual os nossos idosos estão isolados. Onde estão os filhos da terra, e que oportunidades lhes são dadas? Haveria melhor forma de combater o isolamento dos idosos de que ter os filhos com trabalho junto a eles? Como vimos no post anterior, o petróleo vai ser uma amarga dependência, da qual todos nos vamos querer soltar, fazendo com que a actual politica de mobilidade possa falhar. Cada vez é mais cara a factura que se paga pela deslocação automóvel . E as politicas actuais de cidade promovem a proximidade e não a deslocação. Seria bom que se deixassem de promover a politica do asfalto como o D. Sebastião da nossa terra.
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Porque não começarmos a pensar em plataformas que estimulem o desenvolvimento das nossas terras, e soltarmo-nos do desenvolvimento daqueles que nos circundam, e para quem de certo modo interessa o parco desenvolvimento das nossas terras. Só podemos cooperar com as terras que nos circundam quando temos algo de novo para oferecer, e receber em troca aquilo que eles têm de exclusivo. Neste momento o problema é que somos absolutamente seguidistas das políticas de Fafe, Guimarães Amarante etc e descoramos cada vez mais a nossa especificidade. A independência e o desenvolvimento só poderá começar quando tentarmos transformar a nossa terra numa bomba de produção, quando tivermos massa crítica que possibilite delinear o percurso a fazer rumo ao futuro, que teimamos em negar por saudosismo a um passado que não nos deu felicidade.
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Porque não apostar na formação que vise as especificidades da nossa terra, incentivar a criação de empresas e criar incubadoras de empresas que lhes possa servir de amparo, uma escola superior de basto que lhes possa facultar a preciosa matéria-prima. E ao mesmo tempo teríamos a alavanca para o desenvolvimento das nossas terras, e o apoio a uma produção que está a entrar em decadência, e as empresas que ao procurar a mão-de-obra estimularia a formação e fixação dos nossos jovens. SEREI UTÓPICO?