segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Bem haja ao Água Hotels Mondim

Uma boa obra de promoção das Terras de Basto, principalmente de Mondim que lhe aparece no nome, é um facto. Este hotel surgiu com a capacidade de inovação no conceito de hotel e numa serie de serviços nos quais pretende tirar partido da excepcionalidade da sua envolvente, montanha e agua, e da excepcionalidade das terras que se encontra na qual vai beber os encantos gastronómicos. Utilizar Torga na sua promoção é perfeito, Torga sempre cantou as origens, e Mondim não deixa de ser transmontano. Mas é de Basto tambem , e foi nas Terras de Basto que se fixou este hotel. Há potencial nas nossas terras é preciso sabe-lo descobrir, temos que conseguir cantar da melhor forma as nossas especificidades. Mondim além de uma capacidade de promoção dos desportos radicais, ganha ainda aos outros concelhos da terra de basto a vantagem devir a ficar no futuro junto do lago artificial que ali vai nascer com a barragem de Fridão, enfatizando ainda mais o estatuto de Vila ribeirinha, atraindo mais turistas e futuros habitantes para esta região. Mondim vai ser um sonho se conseguir tirar partido do enorme lago que lhe vai estar a marcar os limites. Com um bom planeamento e estratégia, Mondim pode tornar a ameaça do grande lago numa oportunidade de desenvolvimento.

8 comentários:

Paulo Vieira disse...

Aprecio o facto de em vez de enfatizar os problemas e as ameaças que derivam da construção da barragem do Fridão, tenhas optado por relevar as enormes oportunidades que essa construção pode vir a trazer.
Penso é que deveria haver uma maior cooperação entre as entidades publicas e privadas da região de Basto no sentido de a promoverem como um todo. Esta caminhada isolada de cada um dos quatro concelhos de Basto não faz sentido. Se Mondim se promove pela água, Cabeceiras deve faze-lo pelo património natural das aldeias da Cabreira, Ribeira de Pena e Celorico terão tambem motivos de promoção. Mas cada um dos quatro concelhos promove-se isoladamente. Não há estratégias concertadas para a região. É pena...

A região de Basto deve tomar o caminho da diferenciação. Não podemos estar a oferecer aquilo que todos os outros oferecem. O turista deve vir a esta região e relaciona-la com a agua, a paisagem e o vinho verde por exemplo.
Repito, mais cooperação entre as entidades publicas e privadas dos quatro concelhos é imperativa se quisermos crescer e acredito vivamente que o desenvolvimento da região de Basto deve assentar na sua promoção turistica e na promoção dos produtos da região com particular relevo no vinho verde que penso pode vir a ser uma factor de diferenciação se se optar por uma forte internacionalização deste produto único.

Carlos Leite disse...

Bom comentário!
Que vai ao encontro daquilo que tenho vindo a manifestar neste espaço, é preciso a afirmação naquilo que somos únicos e mostrarmo-nos ao mundo como um exemplo. É por isso que defendo a urgência da concertação da Região de Basto. Somos tão iguais como povo, tão idênticos na cultura e identidade, ninguém ganha por se querer mostrar diferente pela política, que parece ser sempre separatista. O que marca a unidade é a cultura, a identidade e personalidade dos nossos povos, e isto é exequível com Cabeceiras com um estatuto de farol,que ja consegiu só é preciso que acenda a luz tambem para as Terras de Basto, e é preciso que todos se juntem na discussão de objectivos, chega de competição , vamos cooperar. Promovam inovação, sabedoria e bom relacionamento politico.

Vítor Pimenta disse...

C.L. Tenho muitas reservas quanto à barragem Aliás, 5 barragens construir no Tâmega. É uma enormidade. Vão desfigurar a paisagem e quem sabe, modificar perversamente o microclima que favorece a qualidade dos vinhos produzidos cá. É até vergonhoso que isso não se discuta na praça pública nem nas assembleias de poder.

Carlos Leite disse...

Pois Vítor isso também é um facto, que se deve ter em atenção, e sei que vamos perder em algumas partes, mas a barragem vai aparecer quer queiramos quer não, o que nos resta fazer é ter inteligência para tirar partido do acontecimento, e tentar minimizar efeitos negativos que possam surgir com a mesma. Cabe aos actores promotores e actores políticos por mãos á obra, e agir por antecipação para que o lago ao encher não esvazie ainda mais a esperança de desenvolvimento da região.
Com a natureza imaculada que temos, ninguém a conseguiu cantar e aproveitar em prol da nossa terra, por isso espero que pelo menos agora alguém se decida a por mãos á obra.

Paulo Vieira disse...

Penso que Basto como Portugal em geral deve começar a centrar a atenção nas oportunidades em vez de se aterrorizar com as ameaças. Portugal não tem energia nuclear porque olhou sempre para as ameaças e nunca para as oportunidades. Portugal opta agora pela hidro-electrica e pela eolica. Foi a estratégia definida. É discutível mas gasta-se demasiada energia, tempo e dinheiro a pensar nos contras em vez de utilizarmos estes recursos para olhar "o lado positivo da coisa" sem nunca fechar os olhos aos problemas claro. Positivos mas não cegos. Nem amordaçados.

Carlos Leite disse...

Por metodo,no planeamento estrategico faz-se antes de cada intervençao uma SWOT Análise dos pontos Fortes (Strenghts) e Fracos (Weaknesses) de uma organização e sua relação com as Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) do meio envolvente, para se conseguir os melhores resultados.aqui esta a claro a mesma coisa, de uma ameaça, surgem sempre oportunidades, de pontos fracos aparecem os fortes, haja imaginaçao e astucia.
isto é secular está no ying-yang(o mal que tem o bem e o bem que tem o mal) está no Marques de Pombal, "tirar da desgraça algum proveito". e tem que continuar presente na cabeça de todos nós...

bem hajam...

augusta ramos disse...

Mondim tem um lindo Hotel, do melhor se pode ter... é certo, mas onde estão as estradas, as vias rápidas... para lá chegar... com a barragem de fridão quem sabe....?
Sou de Mondim de alma e coração, apesar de não morar lá... todos os momentos livres são para lá que me dirijo...

Carlos Leite disse...

Cara Augusta Ramos

o Hotel é fantastico, uma obra que parece enfatizar as nossas terras, quanto aos acessos não são os melhores, principalmente quando falamos em mondim e celorico, mas não é a barragem ou por causa da mesma que se irão fazer os acessos, a barragem apenas substituirá por melhor aqueles que ficarão submersos.
A barragem trará aliada á mesma coisas menos boas que é preciso combater, e nesse aspecto convido-a a ler aquilo que tenho vindo a escrever neste espaço. E a consultar o site da junta de freguesia de mondim onde poderão ver o impacto da barragem.

Gosto de ver que os filhos da terra continuem a gostar tanto da mesma, espero que no futuras geraçoes este afecto se mantenha.

obrigado por ter expressado pensamento.