domingo, 17 de agosto de 2008

Para termos o futuro que nos prometem:

Tem-se discutido muito os problemas de Basto, principalmente o desemprego, que levam a que haja autenticas e estranhas romagens de domingo á noite, com destino a muitos lados bem para fora das Terras de Basto e até de Portugal. “isto por aqui está mau”. Daqui advêm problemas sociológicos gravíssimos, famílias com pai e mãe, e que se tornam monoparentais durante a semana, com “filhos” dos educadores ou professores, deixando os afectos para os pais que simplesmente deveriam mostrar um acompanhamento próximo das crianças e não podem.
“isto por aqui está mau”.
Há hipótese de fixar esta gente na sua terra Natal? Da para acabar com a desertificação humana? Dar, dá! Mas falta trabalho. Sim realmente é o que falta, mas muito sinceramente acho que a autarquia não é a única responsável a autarquia não tem que construir, empregar e trabalhar ao mesmo tempo.. As autarquias devem antes desenvolver planos para o aparecimento sustentável do trabalho. E como o trabalho tem que surgir aliado a uma base sólida de desenvolvimento. É preciso criar uma estratégia e saber que vector que orienta a estratégia para Basto, ou seja, saber o queremos ser como Povo e como Região neste país, na constelação europeia e global de países, pois estamos em plena globalização. Por isso temos que perceber qual a situação que ocupamos no mundo, saber em que ramos somos únicos, e em quais podemos e temos que investir.
Há falta de iniciativa das nossas gentes na criação de postos de trabalho. A autarquia deve apenas activar planos de apoios ás empresas, o Basto Investe é como já referi uma grande ajuda, mas falta algo…há dinheiro mas não há um apoio á incubação da empresa. Há dinheiro mas não há formação qualificada, não há investigação, nem inovação que deve estar inerente as novas empresas, para que o sucesso das empresas seja garantido.
“Isto por aqui está mau”
A desertificação humana realmente, preocupa-me bastante, acho que é um problema grave e que se resolve a médio longo prazo, a não ser que se incuta uma autentica terapia de choque na atracção de pessoas com capacidade de investir e de criar emprego para as Terras de Basto.
Como?
Questão como o marketing urbano, publicitar as características únicas da terra e mostrar-se ao mundo como um exemplo. Passar a imagem de que somos o local perfeito para a fixação de qualquer empresa. Fazer um Planeamento Estratégico em que se faz a aposta numa serie de equipamentos capazes de fazerem evoluir a região, eu aponto ainda mais uma vez para a questão da formação, que me parece essencial e fulcral, mas boa formação, dinamizem as escolas, elevem os centros de formação a centros tecnológicos sérios, apostem em centros de I&D(inovação e desenvolvimento), iria dar frutos, bons frutos no prazo de 5 anos , todas elas parecem-me ser algumas das soluções mais acertadas. Há fundos europeus destinados principalmente para inovações a nível da formação: living Labs,(laboratórios vivos) innovation hubs,(concentrador de inovação ) incubadoras de empresas etc...
Apliquem, "e isto vai ficar melhor".
Se não houver inovação, apoios á criação de empresas, não vamos conseguir fazer jus a programas de apoio á criação de empresas como Basto Investe.
Os hotéis, são precisos, os equipamentos culturais etc...também, mas parece-me que por si sós não resolvem o problema , “a doença é demasiado grave para se resolver com chás”. É preciso uma série de intervenções cirúrgicas para salvar este corpo, o coração já mal bate, os pulmões vão respirando sadios com este verde das nossas terras, mas o cérebro teima em não trabalhar por pensar que o problema está nas V(e)ias.
Bem hajam! E um bom dia.
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5 comentários:

Anónimo disse...

Para atender aos problemas, normalmente, em relação ao do emprego/desemprego temos de ter em conta sempre factores externos ao das nossas terras.

Vejamos, a conjuntura económica, o espírito empreendedor, a sociedade etc.

Nas Terras de Basto, vive-se um clima económico típico de zonas do interior minhoto e da raia transmontana.

A proposta, que penso que propõe no texto, de "particularizar" a economia das Terras de Basto (isto é ver onde ela se diferencia das demais e apostar nisto), há muito que já está identificada. Mas existe sempre empecilhos políticos, sociais, económicos que não permite um universalização deste conceito económico.

Contudo, se mo permite, você relativa em demasia o papel autárquico. A autarquia, como bem deve saber, tem um papel preponderante na economia e na vida concelhia desta e em terras como estas. É ela que cria as condições essenciais para a fixação e desenvolvimento de empresas cá na região.

AS autarquias, criam soluções interessantes (bastoinveste) e problemas, quase crónicos (taxas, burocracia, politização de licenças, etc.). É nesta dualidade que devemos intervir.

Já que, incita incessantemente à procura de soluções, ainda bem, penso que as soluções para certos e complexos problemas (como este da incentivo económico, combate à desertificação humana) tem, muitas vezes, uma raiz em pequenos problemas. É aí que deveremos combater. Nos pequenos e imediatos problemas que tanto atrasam a nossa Terra. Só depois, poderemos enveredar por maiores "soluções".



)

Carlos Leite disse...

obrigado pelo comentario.
Esses pequenos problemas por vezes tem origem absurda, faz-me lembrar o texto "a galinha" do Vergilio Ferreira", mas concerteza que muitos dos nossos problemas tem origem na mentalidade das pessoas,e que quem tem influencia junto destas nao tem tido capacidade de desnvolver.
mas esses pequenos problemas penso que so se resolverao com exemplos provados de investimentos vitais,como os que apontei, dos quais uma politica proactiva poderia tirar partido.
estas ideias sao investimentos chave que as regioes que se querem impor e colocar no mapa do dinamismo recorrem, e normalmente estas apostas tem consequencias muito positivas nas ideias das pessoas,haja é exemplos...

continue a passar por ca e a deixar as suas ideias.

Anónimo disse...

Ora aqui está um complexo problema.

'Criar' emprego, ou seja, na terminologia actual, 'fixar' investimento, é difícil.

Primeiramente, falando da Região de Basto, o emprego está muito centralizado, isto é, muito concentrado (funcionários públicos, camarários e afins). Não tenho nenhum problema com este tipo de centralização, apenas aquele pequeno grande pormenor: destes empregos serem dependentes politicamente. Ai, como se sente nestes concelhos a politização dos empregos.

AS estruturas bases penso, com algumas em falta, estão genericamente alicerçadas. Falta o mais difícil: apostar no capital humano, na formação séria e competente e na captação de bons investimentos para a Região.

Para isso, falta concertação política e social. E, pois claro, uma pequena purgação nos cargos políticos cá da Região.

P.S. O pseudónimo com que assino, em nada compactua com o ideal que professo. Simplesmente, como sou um pouco tolo e desvairado, gosto de me exibir com nomes que me digam algo.

Continua, e já agora que tal uma actualização cá ao sítio?

Carlos Leite disse...

viva meu caro economista...
os problemas que tem enunciado da enorme dependencia da economia local da autarquia e cargos associados, tem um peso colossal...
é uma pena que desde pequenos sejamos incutidos a uma educaçao de que trabalhar por conta de outrem é que é seguro e se for para o estado ainda melhor porque este nao abre falencia, isto leva a que estes empregos sejam muito apetecidos, e ate porque tambem nao é preciso haver exclusividade no cargo...e poder fazer um ou todos os trabalhinhos para fora.
quanto á actualizaçao...tambem so falo no dia 7, lol
motivos profissionais estao por detras deste silencio, a arquitectura é assim, tudo ou nada...
continue a aparecer
abraço

Anónimo disse...
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